Lula demonstra nos seus discursos padecer das mesmas angústias das quais padecem todos os militantes e simpatizantes petistas nos últimos tempos. De maneira acertada, o ex-presidente faz o diagnóstico correto: Dilma fez um discurso na eleição que levou 54 milhões de brasileiros, num ambiente de extrema agressividade midiática, a eleger, pela quarta vez consecutiva, o projeto inaugurado em 2003 e, após tomar posse, abandonou o discurso e se agarrou no "ajuste levy". Esta é a raiz da "tragédia".
O fato de Dilma não "andar pelo país" e "não receber pobres no seu gabinete" é secundário diante do argumento principal da crise, tanto para entender o porquê da crise quanto para se visualizar a saída dela.
Dilma conseguiu com um discurso forte em defesa do emprego, da renda e mostrando claramente quem eram e o que defendiam seus adversários tucanos, sair de uma situação difícil à qual foi colocada desde de junho de 2013, com as tais passeatas de junho.
Nunca é demais revisitar o passado recente. Em abril de 2013 Dilma tinha 70% de aprovação popular e logo após as passeatas caiu mais de 30 pontos e permaneceu assim acossada pela propaganda anti-copa. A oposição e sua aliada mídia encontraram o caminho para fazer Dilma "sangrar" desde aquela época.
Dilma só conseguiu reaver sua popularidade após o sucesso da copa e quando, em meio à campanha, assumiu um discurso certeiro contra o retrocesso tucano e a favor do projeto popular de desenvolvimento e tendo em Lula, sempre, o seu ponto de apoio e capital político.
É por isso que Lula acerta na mosca e fala verdades.
Quando os golpistas acreditaram que derrubariam Lula com a farsa do mensalão, foi com a economia e o discurso anti-neoliberal que deu a volta por cima. Foi defendendo um projeto de desenvolvimento da economia real, inclusive anti-FMI, que Lula chegou a 80% de popularidade e fez sua sucessora, duas vezes!
Por mais que o PT seja o partido mais popular do Brasil e tenha raízes nos movimentos sociais de base, foi com Lula e por causa do governo Lula que ele é o que é. Por mais que Dilma seja a "gerente" e tenha, corretamente, uma visão estratégica sobre a infraestrutura, foi com Lula e por causa do governo Lula que ela chegou no Planalto.
E essa é a verdade que Lula não disse e teria, se quisesse, todo o direito de dizer. Sem Lula, o atual projeto de desenvolvimento sequer existiria. Sem Lula, os golpistas já teriam esmagado o PT lá na farsa do mensalão.
Sem a economia não é possível fazer política. Não é possível enfrentar politicamente o avanço conservador. Os "cunhas" da atualidade crescem de maneira diretamente proporcional ao pessimismo da economia. Sem economia não há como defender a Petrobrás dos seus algozes entreguistas.
Toda a pauta progressista está acuada. Um avanço tributário que busque a justiça, a ampliação de direitos às minorias, a consolidação das políticas afirmativas, os avanços educacionais, a política do petróleo, a reforma da mídia, enfim, tudo está em refluxo por causa da economia.
E não é responsabilidade do PT apenas ouvir essas verdades. É obrigação de todo aquele que quer ver o Brasil avançar e de todo aquele que sente enorme angústia ao imaginar no comando do país alguém do naipe de um Aécio, de um Serra e quiçá de um cunha.
Vá de retro!
Ricardo Jimenez
Dilma só conseguiu reaver sua popularidade após o sucesso da copa e quando, em meio à campanha, assumiu um discurso certeiro contra o retrocesso tucano e a favor do projeto popular de desenvolvimento e tendo em Lula, sempre, o seu ponto de apoio e capital político.
É por isso que Lula acerta na mosca e fala verdades.
Quando os golpistas acreditaram que derrubariam Lula com a farsa do mensalão, foi com a economia e o discurso anti-neoliberal que deu a volta por cima. Foi defendendo um projeto de desenvolvimento da economia real, inclusive anti-FMI, que Lula chegou a 80% de popularidade e fez sua sucessora, duas vezes!
Por mais que o PT seja o partido mais popular do Brasil e tenha raízes nos movimentos sociais de base, foi com Lula e por causa do governo Lula que ele é o que é. Por mais que Dilma seja a "gerente" e tenha, corretamente, uma visão estratégica sobre a infraestrutura, foi com Lula e por causa do governo Lula que ela chegou no Planalto.
E essa é a verdade que Lula não disse e teria, se quisesse, todo o direito de dizer. Sem Lula, o atual projeto de desenvolvimento sequer existiria. Sem Lula, os golpistas já teriam esmagado o PT lá na farsa do mensalão.
Sem a economia não é possível fazer política. Não é possível enfrentar politicamente o avanço conservador. Os "cunhas" da atualidade crescem de maneira diretamente proporcional ao pessimismo da economia. Sem economia não há como defender a Petrobrás dos seus algozes entreguistas.
Toda a pauta progressista está acuada. Um avanço tributário que busque a justiça, a ampliação de direitos às minorias, a consolidação das políticas afirmativas, os avanços educacionais, a política do petróleo, a reforma da mídia, enfim, tudo está em refluxo por causa da economia.
E não é responsabilidade do PT apenas ouvir essas verdades. É obrigação de todo aquele que quer ver o Brasil avançar e de todo aquele que sente enorme angústia ao imaginar no comando do país alguém do naipe de um Aécio, de um Serra e quiçá de um cunha.
Vá de retro!
Ricardo Jimenez
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