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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Sem golpe e sem Levy. O bom fim de ano de Dilma!
Temos muito pouco a comemorar politicamente neste ano de 2015, pois graças a uma posição irresponsável e baixa do PSDB, e de seu candidato derrotado, o Brasil perdeu um ano!
Pior, nesta louca caminhada golpista, os derrotados tucanos, e a mídia amiga, encontraram Eduardo Cunha, e sua bancada formada na base de (até agora) 90 milhões em propinas, e Temer, com suas cartas, aliados, infidelidades e desejos conspiratórios.
O Brasil passou a conviver com a mais sórdida estrutura política já montada para cassar à força a vontade popular expressa no voto e, de quebra, avançar com uma agenda retrógrada sobre direitos individuais e coletivos conquistados ao longo de décadas, além de implantar o neoliberalismo sem o consentimento popular.
Também não há muito o que comemorar quanto ao governo. A inacreditável guinada na economia feita por Dilma logo ao assumir o segundo mandato ainda reverbera na população. Movimento catastrófico que inclusive fortaleceu seus inimigos, que passaram a apostar no 'quanto pior, melhor' para pavimentar o golpismo, tendo como um de seus braços os movimentos de rua proto-fascistas.
Mas o fim do ano termina bem para Dilma. Ela acaba de se livrar do incompetente Joaquim Levy e, peitando a Globo (que tratava Levy como um super ministro, como o braço tucano dentro do governo), nomeia o bom e estratégico Nelson Barbosa. Dilma mudou. Boas perspectivas à vista.
Essa mudança vai para a conta da Frente Brasil Popular. Colocar 50 mil na Paulista e 20 mil na Cinelândia numa quarta-feira foi fundamental. Em torno da pauta acertada e ampla (Contra o golpismo, Fora Cunha e Muda Dilma) se uniram sindicatos, movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas. Foi o grande movimento do ano e, ao que parece, o governo ouviu.
Dilma vai para o fim do ano com batalhas postadas no horizonte, mas confiante diante da atuação do STF. Garantindo a legalidade, o Supremo aponta um futuro mais seguro. Dilma ganhou força para enfrentar o impeachment no Parlamento e o Brasil ganhou esperança do afastamento de Cunha, conforme pediu o Procurador-Geral.
Outro ponto importante é com relação à Lava-Jato. Tudo também vai se decidir no Supremo e, além disso, a prisão de Delcídio pela primeira vez joga as investigações para além de 2003, incluindo o governo FHC (que já devia estar sendo investigado há tempos). É aguardar.
Terminamos 2015 vivos, unidos, atuantes e vigilantes.
Bom fim de ano, Dilma.
Em frente!
Ricardo Jimenez
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