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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Interino, 94% de rejeição, é o símbolo da fase mais esdrúxula da história do Brasil!

E eis que o interino manda 'avisar' a imprensa que iria buscar o filho na escola. Na mesma semana em que Eduardo Cunha promove um churrasco em sua residência oficial antes de deixá-la.
Estamos vivendo o período mais esdrúxulo da História do Brasil, onde duas figuras dessas acabam sendo os ponta-de-lanças de um golpe contra uma Presidente honesta e eleita democraticamente por 54 milhões de brasileiros.
Temos uma mídia e uma elite rentista dispostas a caçar e a cassar as conquistas histórias do povo trabalhador e acabar com um projeto de país entregando uma riqueza de 200 bilhões de barris de petróleo apoiando figuras políticas do naipe de um Temer, de um Cunha, de um Serra, de um Caiado.

Neste domingo, 31/07, um bando de coxinhas com camisa da CBF e financiamento do PSDB e da Fiesp irão às ruas pedir o Fora, Dilma! Isso mesmo que você leu, em plena fase de Temer/Cunha, coxinhas pedem fora para Dilma!
Reproduzo abaixo artigo do Paulo Nogueira no DCM. Não sei se Dilma conseguirá reverter o golpe no Senado, repleto de figuras políticas da estatura das ditas acima, mas na história e no seio das massas esse golpe está exposto e a reação não tardará!


Michel. Michel Temer. Mas pode chamá-lo de Michel 6% Temer.
O resultado da pesquisa Ipsos divulgada hoje é categórico: Temer é um fiasco. Um monumental fiasco.
Apenas 6% dos brasileiros aprovam o interino. Isto é metade do que Dilma tinha em sua etapa final na presidência, sob bombardeio ininterrupto da mídia e da Lava Jato.
Quer dizer: não é metade. É menos que metade. Dilma tinha quase 14% de aprovação.
Pronto. Isto é Michel 6% Temer. A mídia o protege descaradamente, a Lava Jato sumiu de circulação, a cobertura de corrupção de jornais e revistas virou nada: mesmo assim, Temer é amplamente rejeitado pelos brasileiros.
Num mundo menos imperfeito, os 6% seriam manchete dos jornais, e ocupariam vários minutos do JN.
Mas este nosso mundo é extremamente imperfeito, e então a mídia silencia. Mas isto não elimina os 6%.
É o pior índice de aprovação desde que este tipo de coisa passou a ser pesquisada. Collor, na véspera de seu impeachment, era aprovado por 9% das pessoas. Desnecessário dizer que nenhum jornal notou isso. Notariam se fosse um petista. Gritariam, melhor.
O Brasil, em suma, não quer Temer.
A plutocracia subestimou os brasileiros, este é o ponto. Achou que podia ludibriá-los. Os golpistas inventaram um pretexto que se revelou uma farsa cínica, as pedaladas.
Quando se tornou consenso que não houve pedaladas, a plutocracia alegou que isso não importava. Dilma seria afastada fosse inocente ou fosse culpada.
O golpe ficou inteiramente avacalhado. Não é justo com o Paraguai chamá-lo de golpe paraguaio.
É típico de um país ridículo montar um julgamento de meses cujo resultado se conhece de antemão porque os juízes são políticos sem nenhuma qualificação ética e moral.
O resultado disso é Michel 6% Temer.
É certo
Isso só vai piorar, caso o impeachment se concretize. Parece ter-se consolidado, com os fatos escabrosos em torno do golpe, a ideia de que Temer é o vilão e Dilma a vítima da história.
A Ipsos mostrou que diminuiu 13 pontos porcentuais o número de brasileiros que apoiam o impeachment de Dilma. De 61% passou a 48%.
Um vice decorativo não se transforma em estadista porque os Marinhos, os Frias e os Civitas querem.
Michel 6% Temer está aí para provar.

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