Neste domingo, 31/07, no espaço Hierofante, São José 85,. ocorreu o primeirop debate sobre o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino americana e Caribenha.
O debate foi promovido pela UBM-RP e Ong Casa da Mulher.
O Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992 no Primeiro Encontro de Mulheres Organizadas, em Santo Domingo, República Dominicana. É um dia que marca a resistência da mulher negra contra a opressão de gênero e racial que se abate fortemente contra este grupo de mulheres. É um dia de ampliar as parcerias e dar visibilidade às lutas.
"As mulheres negras enfrentam vários tipos de preconceito e discriminação. Menor nível de escolaridade, menores salários, maior faixa de desemprego, maior índice de violência física de gênero e racial, maior índice de moradia precária e baixo acesso à programas de saúde", relata Sílvia Diogo da Ong Casa da Mulher de Ribeirão Preto.
"Nós trabalhamos com mulheres na condição de imigrantes, principalmente mulheres negras vindas do Haiti. Elas enfrentam muitos obstáculos e preconceitos pela cor da pele, pela condição de mulher e pela condição de imigrante. A língua é outro fator de dificuldade para a integração dessas mulheres na sociedade", afirma Marisa Honório da UBM-Combate ao Racismo e do Conselho de Igualdade Racial de Ribeirão Preto.
Fotos: Filipe Peres
Além da UBM e da Casa da Mulher, estiveram presentes mais de 50 pessoas e entidades como a UJS, o Sarau Combativas, Coletivo Fuligem, Movimento de Mulheres Negras, Coletivo Juntas e a galera que se reúne no espaço Hierofante.
"Através dos depoimentos, vimos que a luta das mulheres negras não é só para combater o machismo, mas o racismo também", conta a atriz Shirley Viana, também participante da UBM-RP.
Blog O Calçadão
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