Fotos: Filipe Peres
O Fórum Permanente de Movimentos Populares de Ribeirão Preto
realizou mais uma reunião nesta sexta na UGT. Em pauta, a perspectiva eleitoral
para os próximos 4 anos e a necessidade de articular e intensificar a luta
popular diante de um cenário de retrocesso e repressão dos direitos sociais e
do direito de manifestação.
“ O cenário futuro de Ribeirão Preto está bastante difícil
para as lutas dos movimentos populares. Somado à conjuntura nacional, de golpe
e repressão, a conjuntura municipal aponta 4 anos de uma administração distante
dos anseios dos movimentos sociais. A luta em defesa dos direitos humanos será
a tônica desses anos que virão”, afirmou Ádria Maria Bezerra, da ONG Casa da
Mulher e do Movimentos de Mulheres Negras.
Ainda no primeiro turno, dia 10 de setembro, o Fórum produziu um documento
público com as propostas e demandas de todos os segmentos sociais que o
integram e este documento foi apresentado num encontro entre candidatos a
Prefeito realizado no cine Clube Cauim ( que você pode ver nesse link).
Na ocasião, nem Nogueira e nem Ricardo Silva compareceram ao
evento. Dessa vez, o documento será reencaminhado aos dois candidatos com a
solicitação que subscrevam as propostas e demandas dos movimentos. A maior
delas, a criação de uma Secretaria de Direitos Humanos em Ribeirão Preto, que
congregue as Coordenadorias de minorias: Negros, Juventude, Mulheres, Mulheres
Negras, LGBTT, Moradores de Rua e outros.
“A criação dessa Secretaria será a garantia de um
instrumento público de defesa das pautas das minorias, juntamente com a criação
de um Conselho de direitos Humanos deliberativo. É uma proposta avançada,
progressista”, afirmou Neusa Baviato, Coordenadora Estadual do MST.
Além do documento público, o Fórum decidiu que fará novo
encontro geral no dia 12 de novembro, sábado pela manhã, na UGT, para
formalizar a entrada de novos movimentos no Fórum, que hoje conta com 27
entidades, reorganizar sua coordenadoria executiva e lançar oficialmente seu
site.
“O Fórum veio para ficar e será mais um instrumento de
articulação da luta popular em Ribeirão Preto”, declarou Juliana Souza, da UBM
Ribeirão Preto.
Participaram ontem da reunião representantes do MST, UBM,
Casa da Mulher, Pau Brasil, Apeoesp Articulação, Coletivo Juntos, UGT, Brigadas
Populares, sindicato dos Químicos além de advogados sociais engajados nas
pautas dos movimentos populares.
O blog O Calçadão é parceiro do fórum e está
desde o início cobrindo seus encontros e atividades.
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