Quebram o Brasil e só devolvem R$ 200 milhões
Ou mentiram ou o dinheiro sumiu
Os R$ 204 milhões devolvidos hoje pela Operação Lava Jato à
Petrobras equivalem a menos da metade de um dia de produção de petróleo da
(ainda) nossa petroleira.
Sim, exatamente isso. Porque R$ 204 milhões de reais, com um
preço de 50 dólares o barril e R$ 3,40 0 dólar, equiparam-se a 1,2 milhão de
barris, metade do que é produzido em média só no Brasil.
Para ser preciso, com a atual produção diária de 2,68 milhões
de barris de óleo-equivalente, a produção de 10 horas e 45 minutos.
Um único poço do pré-sal que tenha atrasado um mês por conta
das confusões em que meteram a empresa produziria este valor em petróleo
durante este período em que deixou de funcionar.
Óbvio que a ladroagem que levou esta grana da empresa que
pertence ao povo tem de ser combatida e o surrupiado, devolvido.
Mas quem vai repor os prejuízos que o povo teve – e o
dinheiro deste prejuízo é igualzinho ao roubado: sumiu – com todos os atrasos e
adiamentos que a empresa sofreu em seus planos de exploração por conta do
escândalo e do espalhafato com que tudo foi feito?
Basta, para imaginar se perguntar: se você fosse um gerente
ou diretor da Petrobras, depois da Lava Jato, quantas hesitações teria antes de
autorizar qualquer despesa ou contrato?
Tudo seria menos gravoso se feito com mais rigor – é bom
lembrar que Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Pedro Barusco estão soltos –
e mais equilíbrio.
O comum dos mortais não faz ideia do que venham a ser R$ 204
milhões, mas faz menos ideia ainda do que valem mais de dois e meio milhões de
barris a cada dia.
Ou do que é a produção de um poço do pré-sal, capaz de
encher duas ou três piscinas olímpicas de petróleo a cada 24 horas.
Sem falar nos danos causados aos empregos, às obras, à indústria
naval, que o Paulo Henrique Amorim menciona em seu post sobre o assunto no
Conversa Afiada.
Junto com a água suja dos ladrões da Petrobras, os nossos
espalhafatosos justiceiros jogaram fora muitos milhões de barris…
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