No final da tarde e início da noite da última sexta-feira, na Esplanada do Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, cerca de mil manifestantes representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais se reuniram para protestar contra as reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo governo Temer.
De quebra, os manifestantes também se colocaram contra o próprio governo Temer, considerado ilegítimo e patrocinador do retorno do neoliberalismo ao país a partir de um impeachment considerado golpe pela maioria dos manifestantes.
Outra pauta importante da manifestação, que também ocorreu nas principais capitais e grandes cidades do Brasil, é a construção da greve geral já convocada pelas maiores centrais sindicais do país, através de uma nota conjunta, para o dia 28 de abril.
Aqui em Ribeirão Preto a manifestação foi engrossada pelos servidores municipais que estão em greve reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho e, também, pelos professores estaduais também em indicativo de greve no Estado.
Segundo o coordenador regional da CUT Luiz Henrique Souza, "as propostas de reformas trabalhista e previdenciária colocadas por Temer são muito prejudiciais para os direitos dos trabalhadores. Na prática, a reforma previdenciária acaba com a aposentadoria integral ao exigir inacreditáveis 49 anos de contribuição do trabalhador e a reforma trabalhista revoga a histórica CLT, terceirizando todos os serviços e expondo o trabalhador e a trabalhadora à toda espécie de exploração".
Já para Sílvia Diogo, diretora da ONG Casa da Mulher e membro do Fórum Permanente de Movimentos Populares de Ribeirão Preto, "as pautas regressivas em direitos que estão sendo propostas por este governo afetam diretamente as mulheres, os mais velhos e as minorias socialmente fragilizadas. Não podemos aceitar isso".
Para a coordenadora nacional do MST Kelli Mafort, "a reforma da previdência proposta impacta e muito na vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Segundo a proposta, o tempo de trabalho requerido para a aposentadoria passará dos atuais 15 anos para 25 anos. Todos sabemos que as condições de trabalho no campo são mais duras para o trabalhador e ter de trabalhar 25 anos significa trabalhar a vida toda e não conseguir se aposentar. Isso é muito cruel com a população que a partir do campo produz o alimento que chega na mesa do brasileiro", afirmou.
Segundo o blog levantou junto de representantes do Comitê Unificado contra a Reforma da Previdência e junto a representantes da Frente Brasil Popular Macro Ribeirão, o objetivo é continuar mobilizando os movimentos organizados e debatendo com a população no sentido de construir a greve geral dia 28.
" O Brasil tem de parar contra o governo Temer e sua agenda de cassação de direitos sociais e trabalhistas", afirmou Edson Fedelino, representante do Sindsaúde no ato desta sexta.
Fotos Filipe Peres e Paulo Honório.
Reportagem blog O Calçadão
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