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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Lula é a maior liderança política do Brasil, mas a luta contra o golpe também precisa de Ciro Gomes!


A unidade das forças anti-golpistas é o único caminho para que a luta pelo restabelecimento da democracia se concretize e seja vitoriosa.


A tarefa é gigantesca, porque os estragos causados pelo golpe de 2016, golpe construído ainda antes das eleições de 2014 e cuja derrota e não aceitação do PSDB fazem parte do pacote, são enormes e somente serão superados por um novo pacto constitucional.

A legislação trabalhista foi abolida, as reservas do pré-sal entregues, a Previdência pública a caminho do fim, a indústria em frangalhos, o orçamento público congelado por 20 anos e ainda há uma estrutura supra-constitucional que hoje age como quer sem prestar conta ao Estado Democrático de Direito.

Somente a luta popular conduzida por lideranças de densidade política elevada pode reverter o quadro e trazer para o país um novo período democrático e político onde a paz interna propicie a adoção de um novo ciclo de desenvolvimento.

A primeira coisa que o golpe de 1964 fez foi aniquilar ou isolar as lideranças políticas da época: Jango, Juscelino, Brizola...).

Ao longo dos 21 anos de chumbo, com muita dor e luta, novas lideranças se construíram e impuseram as condições para um acordo de volta da democracia. As lideranças democráticas surgidas na ditadura estiveram todas envolvidas na construção da Constituição de 1988.

Mas, repito, foram 21 anos...

O Brasil não pode mais esperar esse tempo para se recuperar do tombo imposto pelo conluio golpista. É preciso finalizar o governo Temer, retomar a normalidade democrática e restabelecer o pacto constitucional.

Já!

Mas, para isso, lideranças são necessárias.

Mas onde elas estão?

Hoje a situação é dramática. Só há Lula!

Lógico que o peso de Lula é enorme, mas só com ele ainda é insuficiente. Até porque é Lula o maior alvo do braço armado do golpe e está lutando bravamente pela legalidade e pelo seu legado.

Ciro Gomes é fundamental. Sua liderança é necessária.

Não importam as diferenças entre Lula e a esquerda tradicional e a política que Ciro representa. Ciro defende um projeto nacionalista e desenvolvimentista, tem se colocado o tempo todo em confronto ao golpismo. Ciro é dos nossos.

Não é preciso uma chapa única e nem é preciso que para Ciro ser candidato, Lula não seja e vice-versa.

Hoje nós lutamos pela volta da democracia, pelo direito de elegermos um governo legítimo, precisamos que as duas maiores lideranças políticas democráticas e populares estejam juntas.

Não é hora de intensificar as diferenças, é hora da unidade.

Ricardo Jimenez

2 comentários:

  1. A vitória de Lula, se ocorrer, na melhor das hipóteses levará a marca de uma polarização absolutamente comprometedora, levando ainda o risco do mandato não chegar até o fim. O momento pede o espírito republicano de Lula em pró da candidatura de Ciro (PDT), seja como vice ou simplesmente como apoio. Lula sabe disso, mas o PT vai querer usá-lo diante do desastre eleitoral o qual o partido foi submetido nas últimas eleições municipais. O projeto de Estado Nação popular o qual Ciro Gomes materializa está posto e o PT, mais uma vez, será o fiel da balança contra ou a favor..
    Alea Jact Est.

    Marcelo Botosso

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  2. O momento estratégico pede a eleição de Ciro Gomes com um trabalho campal de Lula para buscar eleger o maior número possível de deputados de todos os partidos progressistas, de forma a rasgar o que está sendo feito pelo golpe, rir da ridícula pretensão dos 20 anos e realinhar o país no rumo dos Brics, aproveitando a boçalidade de Trump que vai abrir muitas oportunidades comerciais

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