A elite branca e escravocrata brasileira sempre lutou que
para nunca atingíssemos o patamar de País evoluído, e com são detentores das
informações e conhecimentos, cuidam com carinho para que a educação básica
pública, com raras exceções, fique eternamente patinando nos patamares
inferiores da educação mundial. Como a maioria não conhece a historia de seu
País; e um povo que não conhece a sua história é facilmente iludido pelas
velhas raposas que sabem, e conhecem os caminhos do crime, e da impunidade. E o
reflexo disso é a atual situação que estamos vivenciamos hoje no Brasil.
Por um descuido, ou como diz o ditado “entregar os anéis,
para não perder os dedos” deixaram que fossem aprovados na Constituição de 1988
direitos que beneficiaram a base da pirâmide, mas trabalharam com afinco na
obscuridade, para que em nome da liberdade do “deus mercado” tudo voltassem ao
velho patamar do inicio do século 20.
A terceirização já é lei, e junto com a reforma trabalhista
vai levar a classe trabalhadora a um estado de penúria. Dizem que tudo que
estão fazendo é para beneficia-la, e que vão ser gerados mais empregos, e que
iremos experimentar um período de prosperidade e felicidade jamais vista, mas a
realidade que se avizinha é cruel.
Sabem por estirpe articular com eficiência um golpe, e a
certeza que tudo estava dominado encorajaram as práticas mais horripilantes que
se possa imaginar. O relatório final da CPI do INCRA e da FUNAI mostra como
querem aniquilar as comunidades quilombolas, e praticar o holocausto nas comunidades
indígenas - acham que índios e os quilombolas não precisam de terras, pois não
praticam a agricultura em grande escala.
A lei da terceirização, que já está em vigor, começa a
mostrar que o regime de trabalho análogo à escravidão, vai ser regulamentado.
Uma notícia publicada no domingo mostra que uma grande empresa do ramo de
logística, foi condenada em primeira instância a pagar uma indenização de R$ 15
milhões, por fazer os motoristas de caminhões cumprirem uma jornada extenuante.
Segundo a denúncia os motoristas tinham que trabalhar até 34 horas
ininterruptas. A empresa alegou que o judiciário ignora a Lei 13 429/2017, a
lei da terceirização, que dá respaldo as suas atividades. Disseram que a
terceirização era mais um beneficio para o trabalhador – imagine se fosse um
maleficio.
Mas alguma coisa fugiu do controle. Aquele céu de brigadeiro
que estavam navegando com tranquilidade, de repente escureceu, e as nuvens
cinzentas trouxeram o temporal. Conversando com um amigo sobre o final da
série, que contava a história do megatraficante colombiano Pablo Escobar,
mostrava os policiais festejando a extinção do cartel de Medelín, e a morte do
traficante, mas alguém estragou a festa. Uma notícia dava conta que com o
traficante em ação foram enviados para aos Estados Unidos 170 toneladas de
cocaína, e depois de sua morte chegaram a 350 toneladas.
Falei ao meu amigo, que a história do Pablo Escobar estava
se repetindo no Brasil, e que a história iria mostrar que vivemos atualmente um
momento de corrupção muito maior do que foi nos governos anteriores – falei
isso na segunda-feira, e a bomba estourou na quarta. Há um adágio que diz: “não
se deve abandonar um amigo ferido na beira da estrada”. Pelo visto alguém ficou
abandonado no meio do caminho.
José Eugenio Kaça
Membro do Conselho municipal de Educação de Ribeirão Preto
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