280 famílias não tem para onde ir.
Fotos: Filipe Peres
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Moradores da Vila União ocuparam a praça em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto esta manhã. Eles exigem uma solução humanizadora às 280 famílias que, sem terem para onde irem, sofrem o perigo de serem despejadas pela prefeitura sem nenhuma garantia.
Em disputa com a prefeitura desde 2015, recentemente, a pedido do poder executivo, o juiz Reginaldo Siqueira pediu a aceleração da reintegração de posse, favorecendo a prefeitura, sem levar em consideração as reuniões realizadas entre o Secretário de Planejamento Edson Ortega com o Conselho de Moradia e moradores da Vila União.
De acordo com Wallace Bill, líder comunitário da Vila União, o moradores estão em área da prefeitura e por isso "quem tem de zelar pela gente é o próprio prefeito. Nós somos cidadãos de Ribeirão Preto e fomos, inclusive, eleitores dele. Ele tem que conversar com o povo. Nós somos o povo".
A prefeitura deu como uma das soluções temporarias, alocar parte das familias na Secretaria de Assistência Social CETREM. |
Outro ponto apontado pela liderança do movimento de moradia é o não cumprimento da locação social, artigo 127 do plano diretor, lei 2866/2018 que afirma que "a política municipal de habitação tem por objetivos: V - estimular a produção de habitações de interesse social, para venda ou aluguel, dando preferência para o atendimento de famílias com renda de até 3 salários mínimos".
Informados de que tanto o prefeito como o Secretário de Planejamento estão em São Paulo, os moradores ficarão acampados até serem atendidos pessoalmente pelo prefeito. Solidário à situação da Vila União, o MST irá doar alimentos agroflorestais aos acampados.
No final do dia, um grupo de moradores se reuniram com o representantes do governo Nogueira. Foi marcada uma reunião para terça-feira, às 16:00, na Secretaria de Planejamento.
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