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domingo, 9 de junho de 2019

O SEBRAE constata o óbvio: são os pequenos que geram emprego




Em meio a uma crise econômica no país que já se arrasta desde 2015 (a mais longa crise econômica da história republicana) e que só se aprofunda com as políticas neoliberais impostas pelo governo Temer (que fez a desastrosa reforma trabalhista) e pelo atual governo Bolsonaro/Guedes (que tenta privatizar a previdência pública), gerando 13 milhões de desempregados, um dado é bastante relevante: segundo números do SEBRAE, 72% das vagas de empregos geradas esse ano vieram dos pequenos negócios, principalmente dos pequenos comércios e serviços. 

Os números gritam para quem quiser ouvir que políticas econômicas que afetam aos mais pobres não dão certo, porque é o povo trabalhador, através do consumo e da economia real, que gera uma boa parte do crescimento do PIB. 

Ao invés de retirar direitos trabalhistas e de aposentadoria da classe trabalhadora, afetando duramente a economia dos pequenos e médios municípios brasileiros, o Brasil deveria investir em políticas de fomento e distribuição de renda. 

É preciso resgatar o poder aquisitivo da classe trabalhadora. Só em Ribeirão Preto são mais de 260 mil pessoas no SPC. Isso é a morte para uma cidade de comércio e serviços.

O neoliberalismo serve ao capital rentista e não ao povo, os números mostram isso claramente.


Prefeitos e governadores precisam se mobilizar para isso imediatamente e buscar fortalecer a economia real e não apoiar medidas que só valorizam os instrumentos para as grandes empresas e bancos enviarem dinheiro para o capital especulativo e rentista.

O PIB se constrói com investimento público (totalmente destruído por Temer e Bolsonaro), com investimento privado (travado porque o pequeno e médio empresário não tem incentivo e os grandes empresários e banqueiros se aproveitam da reforma trabalhista e se aproveitarão d reforma da previdência para remeter os lucros ao capital rentista), consumo das famílias (travado por falta de crédito e pela inadimplência de 40% da população) e balança comercial (que começa a ser afetada pela política ideológica do atual governo).

Ou seja, se nada for feito para romper a camisa-de-força que o neoliberalismo e o obscurantismo ideológico da extrema direita nos colocaram a partir de 2016, continuaremos dentro do profundo buraco da crise.

Blog O Calçadão

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