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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Estudantes do Curso de Direito da Colômbia visitam a ONG Casa da Mulher, em Ribeirão Preto.

Estudantes de Direito da Colômbia conheceram um pouco do trabalho da ONG Casa da Mulher, em Ribeirão Preto.
Foto: Duda Hidalgo


Por Duda Hidalgo

Nesta segunda-feira (dia 18 de novembro), estudantes da Corporación Universitaria de Ciencia y Desarrollo – UNICIENCIA (Colômbia) acompanhados pelo Cônsul do Brasil em Bucaramanga, Jorge A. Zuluaga Villegas, em parceria com a Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a convite da professora Fabiana Cristina Severo, fizeram uma visita à Casa da Mulher.


A visita se iniciou com um panorama geral do papel da ONG Casa da Mulher e sua contribuição para a implementação de políticas públicas e suporte psicológico, social e jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica, seja a violência física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual.

Além disso, foi mostrado  pela ONG aos colombianos, o  papel de sensibilização da sociedade civil e do Poder Público para os problemas sociais aos quais estão expostas as mulheres, adolescentes e meninas em situação de vulnerabilidade social, principalmente tendo em vista as intersecções da violência com outros marcadores sociais.

 Um pouco da história de 20 anos da Casa da Mulher foi-lhes relatado. Os estudantes e o Cônsul puderam perceber que a ONG não se limitou ao interior das paredes da sede, também possuindo projetos embasados em educação popular de direitos, facilitando o acesso à informação, promovendo cursos, oficinas, projetos e palestras por Ribeirão e região, as quais contribuem para o empoderamento de mulheres e geração de renda para as que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica.

Os colombianos puderam saber que a Casa da Mulher conta atendimento socioassistencial, psicossocial e jurídico, realizado por profissionais, todas com experiência e qualificação acadêmica para atuar no combate à violência contra a mulher e para o atendimento de vítimas. Ademais, atualmente há duas estagiárias na ONG, em uma parceria com a USP, visando uma formação mais humanizada e reconhecendo o papel da extensão universitária no desenvolvimento profissional.

Foi extremamente rico o intercâmbio de experiências entre os presentes, o que permitiu além da formação de um acúmulo a respeito do funcionamento da Casa da Mulher e sua atuação nas lacuna deixadas pelo Estado, a criação de uma perspectiva sobre as dificuldades encontradas tanto no Brasil quanto na Colômbia para implementação de políticas públicas, democratização das relações sociais e manutenção de direitos humanos.

Adendo ao texto:

De acordo com a Presidenta Adria Maria, um aspecto importante da visita foi a fala dos hispano-americanos sobre a pouca experiência que possuem com o atendimento às mulheres vítimas de violências em seu país. Além disso, os estudantes relataram a onda de protestos que acontece em todo o país contra a política neoliberal de austeridade impostas pelo atual presidente Ivan Duque e contra a repressão de Estado a que os manifestantes sofrem.

Os colombianos protestam contra a tentativa do governo de impor uma reforma trabalhista que afeta, diretamente, a juventude, dificultando o acesso dos trabalhadores à aposentadoria.




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