Políticos, jornalistas e até artistas como Zélia Duncan estranharam a atitude de Jair Bolsonaro de pegar a gravação em que "um Jair" atende o interfone e autoriza a entrada de um dos assassinos da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ).
Jornalistas, independemente da linha editorial com a qual trabalham, questionaram a atitude do Presidente. Para o jornalista José Simão, da Folha de São Paulo, há uma sequência lógica na interceptação da gravação:
Já para o jornalista Leonardo Attuch, da Isto É Independente, a questão é mais profunda. Ele questiona o sumiço do ato presidencial das principais páginas jornalísticas do país. Para Attuch há uma blindagem por parte da imprensa ao Presidente com a intenção de dar prosseguimento à entrega do país ao capital estrangeiro:
Políticos da oposição também não se conformam com a obstrução judicial confessada por Jair Bolsonaro. Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), autoridades precisam reagir à confissão feita pelo chefe do poder executivo, no caso Marielle:
Marcelo Freixo, deputado federal (PSOL/RJ), entende que o roubo do áudio pelo pslista é uma estratégia para retirar as investigações do MP e da Polícia Civil do Rio de Janeiro e trazê-la para as próprias mãos. Algo como o suspeito investigando a si mesmo, a própria suspeição:
Erika Kokay, deputada federal (PT/DF) lembrou que esta não foi a primeira vez que Bolsonaro obstruiu a justiça para preservar a si ou a sua família e cobra ações do Ministério Público Federal e do Superior Tribunal Federal:
o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), que teve de abrir mão de seu mandato e exilar-se no exterior após sofrer ameaças de morte da milícia carioca, relatou em seu twitter, em seu blogue, que o Presidente irá adulterar o áudio, "de modo a se safar".
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