Ribeirão Preto em Dia!
O DCE Livre da USP RP realizará na próxima quarta, no terminal rodoviário, uma manifestação contra o PL 529/20 do governo estadual. Segundo a proposta, a autonomia financeira das universidades públicas paulistas é atacada. O projeto de lei faz parte do pacote ultraliberal do governador João Dória, o Bolsodória da campanha de 2018, que pretende seguir em uma escalada privatista e de desmonte da estrutura pública e estatal do Estado de São Paulo.
Vereador Luís Antônio França entra com projeto de lei que obriga empresas com mais de 50 funcionários a fazerem teste de COIVID-19. Segundo o vereador, há muitas denúncias de funcionários sobre os riscos de trabalhar ao lado de pessoas possivelmente contaminadas sem que um teste possa conduzir um programa mínimo de prevenção da contaminação a partir do ambiente de trabalho. A votação do projeto será nesta terça.
Deu no Estadão! Na esteira da desistência do deputado federal Ricardo Silva (PSB), que vinha falando publicamente sobre seu desejo de permanecer deputado federal mas que ninguém estava de fato acreditando, o jogo eleitoral em Ribeirão Preto se embaralha. Ricardo era o maior opositor de Nogueira (PSDB) e sua saída deixa o centro confuso, a direita atenta e a esquerda esperançosa. Na matéria do Estadão de hoje, o centro da argumentação é a Sevandija, a operação policial que caiu como uma bomba em 2016 e que ajudou a eleger Nogueira como um herdeiro da "nova política" anti-Dárcy Vera (à época PSD). O resultado foi um desastre, assim como no estado de São Paulo e no Brasil. Incompetência e projeto neoliberal se somam nesse fracasso pós-sevandija e pós-java jato. Tudo caminhava para que o centro, com PSB, PDT e MDB seguisse para ser o favorito diante de um Nogueira com grande rejeição, de uma esquerda ainda em reconstrução (apesar de ter excelentes candidatos) e de uma direita ainda escondida. Mas Ricardo desistiu, o centro vai precisar de um novo candidato (Gandini, Rafael, Lincoln?), Baleia Rossi surge como a sombra de bastidores, enquanto a esquerda se agita em busca de um eleitorado anti-Nogueira que, ao que mostravam as primeiras sondagens, desejava votar em Ricardo. Ao ler a matéria do Estadão a impressão que dá é que o ambiente Sevandija ainda pode imperar. Pode até ser, mas a disputa eleitoral 2020 vai ser mais complexa do que parece.
4 anos do golpe que atirou o Brasil no abismo
Em 31 de agosto de 2016, por meio de um golpe político envolvendo os interesses de Eduardo Cunha, Michel Temer, Aécio Neves (que nunca reconheceu a derrota de 2014) e de uma elite brasileira sedenta por aumentar seus lucros rentistas através de um projeto ultraliberal denominado Ponte para o Futuro, a primeira Presidente eleita da história do Brasil é afastada a partir de uma farsa chamada pedaladas fiscais, que não são, nunca foram e nunca serão crime de responsabilidade. O golpe contra Dilma, eivado de machismo e ódio seletivo produzido por veículos de comunicação parceiros do projeto ultraliberal, também contou com a participação do lavajatismo e os métodos já conhecidos de Moro e Dalagnol. O golpe foi uma porta aberta para o abismo econômico (reforma trabalhista que destruiu empregos e gerou informalidade, reforma da previdência que destruiu o regime público e solidário de aposentadoria, teto de investimentos públicos que está destruindo a saúde pública, a educação pública e retirou do Estado a capacidade de investimento em momentos de crise) e para o abismo político, pois o ódio, a desinformação e o rebaixamento da política levou ao poder Jair Bolsonaro. O Brasil ainda está pagando um alto preço pelo golpe de 2016, cujo estrago ainda está em curso e exige de cada democrata brasileiro mobilização e luta para a reconstrução do país.
O dia 608 do desgoverno Bolsonaro
Pelo segundo ano seguido o salário mínimo não terá aumento real. A nova proposta para o mínimo, contida dentro da proposta orçamentária de 2021 encaminhada pelo desgoverno ao Congresso, o salário mínimo sai dos atuais 1045 para 1067 reais, repondo apenas a inflação do período. Entre 2007 e 2018, o salário mínimo teve uma política de valorização, de aumento real, a partir da inflação e do PIB, em um dos períodos de maior distribuição de renda da história do país.
Com queda histórica do PIB e recessão, desgoverno Bolsonaro privilegia bancos, militares e corta da educação. Previsões do Banco Central mostram uma queda de mais de 10% do PIB durante o ano de 2020, por conta da pandemia e da completa ausência de um programa de recuperação nacional que tenha o Estado como o indutor do desenvolvimento. Diante disso, o desgoverno Bolsonaro vai mostrando a quem serve. Em plena pandemia, 1,3 trilhão de reais aos bancos, e agora mais 325 bilhões dos cofres do tesouro para o pagamento de juros da dívida pública, o dinheiro público usado para sustentar rentistas. E em 2021, a casta militar terá um orçamento maior que o da educação. Enquanto a ala militar terá um aumento orçamentário de 48,8%, saltando dos atuais 73 bilhões para 108 bilhões, a educação verá seu orçamento reduzido de 103 bilhões para 102,9 bilhões.
Enquanto o Ministério da Saúde nomeia um médico veterinário para cuidar do Programa Nacional de Imunizações, vem a público uma estranha movimentação entre o Banco do Brasil e o BTG Pactual, de onde o ministro Paulo Guedes é fundador e de onde ele mesmo indicou o Presidente do Banco do Brasil. A carteira de crédito de 3 bilhões foi arrematada sem processo licitatório por 371 milhões pelo banco privado, 10 vezes menos do valor da carteira.
Neoliberalismo: um fracasso de 40 anos!
O lápis de Milton Freedman: canal do Paulo Gala.