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sábado, 9 de julho de 2022

Memento mori

 




Não aceito uma verdade que me convence
e minto com o pensamento.
Não sei. Sei.
O pão queima no forno e só me reconheço 
quando o odor torrado
a carne torrada atinge minhas narinas.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Professores denunciam decisão arbitrária da Secretaria Municipal da Educação

Deslocamento de crianças e professores no meio do ano letivo não foi debatida com os principais interessados: professores, pais e alunos

Por Ailson Cunha e Filipe Peres,

Para o Blog O Calçadão, 07 de julho de 2022.


A reclassificação das crianças de 0 a 3 anos de idade na rede municipal pela Secretaria Municipal de Educação, SME, sem consulta prévia à comunidade escolar tem provocado diversas manifestações dos profissionais da rede e pessoas da comunidade. A SME, publicou ontem, 06/07, no Diário Oficial, duas resoluções que tratam da reorganização das turmas de crianças de 0 a 3 anos de idade na rede municipal de educação (Resolução 14 e 15), e uma resolução que trata da realocação dos professores de educação básica I após a reclassificação das crianças (Resolução 16).

Na última terça-feira (5), diversos profissionais já denunciavam a movimentação da SME em reclassificar alunos (de 0 a 3 anos) e mover professores, desatribuindo-lhes as aulas para atribuir em novas unidades.

Em comunicado público a Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto (Aproferp) denunciou que as resoluções publicadas não foram deliberadas pelo CME durante a reunião.  "Depois da manifestação de mães e professoras, ontem, na reunião secreta do CME, que não deliberou sobre o assunto, a SME realizou uma live sem sentido para explicar o que já havia preparado por meses, sem qualquer consulta, também de forma secreta e ardilosa”. 

Em um grupo numa rede social, o professor Marcio Silva, ex presidente do Conselho Municipal de Educação, CME,  escreveu que a mudança não tem fundamento “...desrespeita a legislação e a ciência e tudo indica que a revelia do seu próprio CME...".

Para o professor Leonardo Sacramento a iniciativa da SME é ilegal uma vez que contraria uma decisão do Supremo Tribunal Federal, STF, que “proíbe que municípios e estados estipulem faixa etária distinta da do MEC. Segundo Barroso, ‘trata-se do reconhecimento de que o ministério da Educação possui capacidade institucional mais adequada para produzir a melhor decisão a respeito da matéria. Não se trata de questão meramente semântica ou normativa, a respeito da correta interpretação da lei’”.

A Aproferp, Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto, a Acopedarp, Associação dos Coordenadores Pedagógicos, e o Coletivo Chão na Escola publicaram nota conjunta em que apontam que a medida seria um golpe para ‘zerar’ a fila de espera na educação infantil uma vez que “o Ministério Público vem cobrando publicamente do Prefeito Municipal e Secretário da Educação a expansão de vagas prometida e não cumprida. Atualmente, o município segue com um déficit de vagas na Educação Infantil de mais de 2 mil vagas”. Na nota eles também apontam a ilegalidade da iniciativa.

A professora Judeti Zilli, do Mandato Coletivo Popular Judeti Zilli (PT), publicou vídeo comentando as medidas da SME e informou que entrou com um ofício junto a Comissão Permanente de Educação da Câmara Municipal para que seja convocada reunião extraordinária da Comissão Permanente da Educação para tratar desses assuntos.

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto entrou no assunto e aprovou hoje um requerimento (Requerimento 5194/2022) da vereadora Glaucia Berenice, Republicanos, solicitando à SME a suspensão da reorganização das crianças na rede municipal e as resoluções 14 e 15 da SME.

Uma manifestação está sendo chamada por famílias, profissionais da educação e pelas entidade, Aproferp, Acopedarp e Coletivo Chão na Escola, para amanhã, dia 8, às 11h30 em frente à Secretaria Municipal de Educação na Avenida 13 de Maio.


Nota da Acopedarp:

 








 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Ataque à Educação do Campo: Bolsonaro veta PL aprovado no Congresso!

 

Presidente vetou PL aprovado.

De acordo com dados do Censo Escolar 2021, contando apenas alunos municipais de escolas rurais, o veto atinge mais de 111 mil alunos.

O presidente Jair Bolsonaro atacou frontalmente a Educação do Campo. No último dia 23, ele vetou integralmente o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado que inclui a pedagogia da alternância entre as metodologias adequadas aos estudantes da educação rural (PL 6498/16).

Em show no Pedro II, Gal Costa pede mais livros e menos armas

Ilustração a partir de foto.


Cantora se pronunciou após gritos por "Fora Bolsonaro" que vieram da plateia

Estudo do Instituto Oswaldo Cruz aponta o Brasil como possível incubador de pandemia

Desmatamento é um dos fatores que preocupam os pesquisadores.


Aumento nas vulnerabilidades sociais e ecológicas, além do cenário político e econômico são os fatores determinantes para os pesquisadores

Estudo liderado por pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e publicado na revista científica Science Advances no último dia 29 de junho acendeu o alerta para a propensão da megadiversidade brasileira atuar como incubadora de possível pandemia provocada por zoonoses (doenças infecciosas de circulação animal que podem ser transmitidas para os seres humanos). Segundo os pesquisadores, os crecentes aumentos nas vulnerabilidades sociais e ecológicas do país, associados aos cenários políticos e econômicos colocam o país como possível incubadora de possível pandemia.