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Nakba recorda os 750 mil mortos pelo estado de Israel Fotos: @filipeaugustoperes |
Organizações políticas e representantes da sociedade civil relembraram o início da limpeza étnica em 1948 e denunciaram o agravamento da crise humanitária em Gaza
Na noite desta quinta-feira (15), data que marca os 77 anos da Nakba, representantes de organizações políticas e da sociedade civil reuniram-se no Memorial da Classe Operária, em Ribeirão Preto (SP), para denunciar a continuidade das violações contra o povo palestino e reforçar a solidariedade internacional à causa palestina.
Nakba, que em árabe significa “catástrofe”, é o termo utilizado para designar o processo de expulsão em massa de palestinos de suas terras durante a criação do Estado de Israel, em 1948.
O evento foi organizado pelo Comitê Permanente da Causa Humanitária Palestina, com apoio de integrantes de entidades e movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Associação Resistência Caipira, o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Unidade Popular pelo Socialismo (UP), o Memorial da Classe Operária(MCO-UGT) e a Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil (ACEPAU) entre outros.
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Falas destacaram a atual situação na Faixa de Gaza |
Durante o encontro, os participantes destacaram que a Nakba não se limita a um episódio histórico, mas representa um processo contínuo de ocupação, apartheid e deslocamento forçado. As falas também enfatizaram o atual cenário na Faixa de Gaza, onde a ofensiva militar israelense já resultou em dezenas de milhares de mortes e em destruição em larga escala.
Foi lida, no ato, o editorial da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), que denuncia o que classifica como “o maior genocídio da história recente”. O documento aponta que, desde outubro de 2023, mais de 65 mil palestinos foram mortos ou estão desaparecidos sob escombros em Gaza. De acordo com a FEPAL, 93% da população da região foi morta ou forçada a se deslocar, e 92% das residências foram destruídas.
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Presidente do CPCHP, Fátima Suleiman leu nota oficial da FEPAL |
Para o Comitê Permanente da Causa Humanitária Palestina , o objetivo do ato é manter viva a memória da Nakba, denunciar o processo contínuo de limpeza étnica e reafirmar o compromisso com os direitos do povo palestino à autodeterminação e à soberania. A atividade também reforçou o apelo por um cessar-fogo imediato e o fim do bloqueio a Gaza.
Encerrando o encontro, a presidenta do Comitê Permanente da Causa Humanitária Palestina, Fátima Suleiman, destacou o caráter profundamente humano e histórico da luta palestina.
“O dia da Nakba é um dia extremamente doloroso para o nosso povo palestino. Dia em que 750 mil palestinos foram expulsos de suas casas, várias aldeias destruídas, 6,9 milhões de palestinos em diáspora ao redor do mundo com as chaves de suas casas nas mãos, e a Nakba continua, ao vivo, para qualquer um testemunhar a maior limpeza étnica da história”.
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A luta deve ser reconhecida em sua dimensão política, social e ética |
Segundo Suleiman, a luta pela Palestina deve ser reconhecida em sua dimensão política, social e ética.
“A causa palestina é uma causa de classe e uma causa da humanidade, principalmente. Que essa luta seja compreendida com a devida importância e grandeza que o povo palestino nos mostra a cada dia. Que a nossa bandeira palestina não seja esquecida em armários, e que cada um de nós possamos ser verdadeiramente a voz de um povo milenar, sofrido, corajoso e, sobretudo, humano.”
Ao final, ela conclamou os participantes à continuidade do engajamento.
“Peço a todos os integrantes do Comitê Permanente da Causa Humanitária Palestina que sejam multiplicadores dessa luta pela humanidade.”
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ResponderExcluir👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirO genocídio que temos que falar e lutar para acabar. Que israel e EUA cessem fogo e sejam condenados por esses crimes de lesa humanidade!
ResponderExcluirBasta dessa limpeza Étnica na Palestina!
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