porta-avião de guerra estadunidense Foto: US Navy |
não é metáfora,
acontecimento:
tropas
movem-se como xadrez sem poesia,
Washington finge
(mais uma vez)
proteger a democracia,
mas atrás das bandeiras
do discurso
há petróleo, controle e mortes
há mapas riscados em silêncio de gabinete
no
cenário,
dois
blocos respiram diferente:
o
império, com seu fôlego de aço,
sua ambição e hipocrisia
a
ALBA,
com pulmões de Caribe e
Andes,
sabe
que paz não rima com marines,
nem
soberania com porta-aviões
os
atores são claros:
Maduro
em Caracas,
Trump
ou seu fantasma em ordens secretas,
Petro
com voz de reunião entre chanceleres,
povos
inteiros convocados à trincheira da palavra
e
os silêncios cúmplices?
esses
também atuam
a
relação de forças
não
se mede apenas em tanques,
mas
em quanto tempo os povos aguentam
e
como se costuram alianças:
Cuba
bloqueada,
Venezuela
cercada,
nenhuma
sozinha
a
estrutura:
décadas
de império,
bases
militares como cicatrizes.
a
conjuntura:
uma
cúpula extraordinária em Caracas,
papéis
assinados que dizem não,
um
não coletivo
que insiste em existir,
mesmo
sob mira de drones
a
análise não cabe em gráficos
cabe
em versos que gritam
denunciam
o
óbvio perigoso
a
América Latina não é quintal
não
será quintal
mesmo
que custe sangue,
mesmo
que doa como poema partido.
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