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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Onze

 


Número da imperfeição
um além, um anterior
como dança trágica 
e silenciada 
sem redenção 
onze células permanecem.

Inertes
milicianos se protegem no limbo
e não fazem a mínima questão da busca a Beatriz
ou quem acompanha a Primeira-Dama.

No labirinto de onze voltas
ninguém se reconhece.
Torre de Babel por opção
não desejam comunicar
e como carne de vaca
um Minotauro com leite condensado 
alimenta a turva todo dia.

Aos pecados permissivos
de extermínio, mortes
ninguém se expia.
O círculo é uma redoma escura
em que ninguém expia
ninguém pia

Entre ia e ira
não existe espaço para existir ex
nem celular
nem pia. Dali
nem o surreal goteja

o grotesco
a violência grotesca
a existência grotesca
a violência extrema e externa

há penas 
o silêncio.

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