Essa é a segunda escola a protestar por melhores condições de funcionamento. Na segunda-feira, 04, a Emef Alfeu Gasparini protestou por mais professores e funcionários
Para o Blog O Calçadão, 07 de abril de 2022.
A Escola
Municipal de Ensino Fundamental professor Paulo Freire realizou uma paralisação na manhã desta quinta-feira,
07/04, por conta dos problemas que
afetam as escolas municipais e que se agravaram com o início do ano letivo de
forma completamente presencial. Essa é a segunda escola a protestar por
melhores condições de funcionamento. Na segunda-feira, 04, a Emef Alfeu Luiz Gasparini realizou ato
pedindo mais funcionários de apoio e professores volantes/substitutos.
Os atos tentam mobilizar a população e a Secretaria Municipal de Educação para
os problemas enfrentados pelas escolas da rede municipal de educação. Entre as
reivindicações estão a atribuição imediata das aulas livres, mais funcionários
de apoio e professores volantes/substitutos. A Emef Paulo também apontou a
necessidade de contratação de professores de apoio às pessoas com deficiência,
PCD, e instalação dos equipamentos de ar-condicionado, computadores e kits
multimídia adquiridos pela SME em 2021, mas que até o momento não foram
instalados.
O ato contou com a presença de professores,
funcionários, pais e alunos da escola com cartazes e frases de ordem. O professor
Cristiano Floriano apontou que agora em 2022 várias turmas ficaram sem aulas
por conta da falta de professores e a SME não explicou como irá ocorrer a
reposição dessas aulas. Já o professor Leonardo Sacramento explicou que a maior
parte das escolas municipais não tem a condições mínimas de funcionamento bem
diferentes das propagandas da SME. Alguns pais também apontaram que as crianças
não receberam todo uniforme e materiais escolares. Durante o ato uma mãe
reclamou da falta de professor de apoio para o filho autista.
Os covereadores Paulo Honório e Danilo Valentin, do
mandato Coletivo Popular Judeti Zilli, PT, também estiveram no ato ouvindo as
demandas da comunidade escolar.
Problemas na rede
A rede municipal de educação tem sido alvo de diversas
denúncias de problemas nesses primeiros meses após o retorno das atividades
100% presenciais nas escolas. A falta de professores, falta de funcionários,
salários dos terceirizados atrasados, escolas em condições precárias,
equipamentos deteriorando e a violência nas escolas são alguns dos problemas
apontados pelos profissionais.
A faltas de professores foi um dos primeiros problemas
notados nesse início de ano letivo. Após uma retomada conturbada e uma
atribuição de aulas desorganizadas, professores denunciaram nas redes que
muitas aulas ficaram sem atribuir. No mês de fevereiro, pico da variante
ômicron do coronavírus, diversos profissionais tiveram que se afastar e as
aulas chegaram a ser suspensas em algumas escolas por faltas de profissionais
para substituir. Em diversos momentos, é possível diversas turmas nos pátios
das escolas por conta da falta de professores.
O salário dos funcionários terceirizados também foi um
dos problemas apontados. O Blog O Calçadão vem acompanhando este caso desde o
fim do ano passado, quando funcionários denunciaram o atraso no 13º salário
pela empresa Kinte - serviços terceirizados.
As condições precárias das escolas também chamaram a
atenção dos profissionais ao retomarem as atividades. Escolas em péssimo estado
de conservação, com infiltração pela água das chuvas e equipamentos precários e
se deteriorando foram alvos de denúncias. Em fevereiro, uma hélice de um
ventilador caiu sobre um aluno que teve que ser levado a uma Unidade de Pronto
Atendimento, UPA. Agora em março, um televisor de tubo que caiu sobre a cabeça
de uma aluna que foi levada para a UPA e, segundo nota da SME, sofreu
traumatismo craniano moderado.
As brigas nas escolas também têm tomado conta dos
noticiários nessa retomada. Em março, duas brigas entre alunos na Emef Alfeu
Gasparini chamaram a atenção pelas cenas de violência que foram filmadas pelos
estudantes e depois ganharam as redes. Na ocasião, um aluno teve que ser levado
para uma UPA após as agressões.
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