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terça-feira, 13 de maio de 2025

“Eles não podem com a luta do povo”, afirma Glauber Braga na V Feira Nacional da Reforma Agrária

 

“Eu acredito é na luta do povo”
Fotos: Filipe Augusto Peres

Deputado denunciou tentativa de cassação e defendeu o MST como símbolo internacional da resistência popular


Por Filipe Peres


Diante de uma plateia que o recebeu com gritos de “Glauber fica!”, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) realizou uma fala combativa durante a conferência “Agroecologia: produzir alimentos e enfrentar a crise climática”, realizada no sábado (10) na arena Papa Francisco, em São Paulo, como parte da programação da 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária.


Aplaudido de pé, Glauber agradeceu ao MST e às militantes e parlamentares presentes, reforçando sua convicção na força dos movimentos populares diante das ameaças institucionais. 


“No dia 1º de julho, eles devem colocar em votação na Câmara a tentativa de cassação do meu mandato. Mas eu não coloco minhas energias só no quadrado institucional. Eu acredito é na luta do povo”.


O deputado do PSOL, que tem sido alvo de perseguições políticas por sua postura crítica ao poder econômico no Congresso, mencionou o ex-presidente da Câmara como símbolo do uso abusivo do orçamento secreto e das estruturas de poder. 


“Ele pode ser poderoso, controlar bilhões, mas não pode tudo. Não pode com a luta do povo.”


O MST foi citado como inspiração de resistência 



Glauber lembrou a trajetória do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como inspiração permanente. 


“O MST passou pelas mais duras pressões e hoje é uma referência mundial na luta pela terra e pelos direitos dos trabalhadores. Isso me dá força quando bate o desânimo.”


Citando a ex-deputada Luiza Erundina (PSOL), sua aliada política e referência de coerência ética na esquerda brasileira, Glauber compartilhou um conselho recebido nos corredores do Congresso. 


“Ela virou pra mim e disse: ‘Meu filho, vai firme. Não concilia. Toma essa luta.’ E é isso que vamos fazer, junto com o povo que não se entrega.”

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