O artigo abaixo, de autoria de um agente da PF, publicado no Jornal do Brasil, é apenas um sinal do retrocesso que o Brasil sofreu de 2013 para cá. Aliado aos interesses de uma mídia empresarial, hegemônica e representante de interesses estrangeiros, setores do aparelho de Estado, notadamente parte do judiciário, MP e PF se uniram a um movimento que rebaixou os preceitos e garantias constitucionais e rebaixou a prática política para operacionalizar um golpe contra os governos do PT e contra um projeto nacional de desenvolvimento.
O clima de desarranjo social, moral e institucional criado, gera ventos de um proto-fascismo que se alimenta de uma glamourização perigosa da meganhagem e do culto a figuras públicas anti-democráticas que prometem um futuro 'linha-dura' guiado por um líder salvador. Linha dura contra os fantasmas genéricos da 'corrupção' e da 'bandidagem', que sabemos seletivos, que na verdade é contra tudo aquilo que seus líderes e seguidores abominam: pretos, pobres, gays, feministas, presidiários, esquerdistas ou qualquer outro grupo que ache ou pregue que a democracia, a diversidade e os direitos humanos são o único caminho do progresso.
Vivemos um período perigoso e urge uma unidade democrática e progressista.
Imagens de carros importados pretos com letras douradas com policiais federais uniformizados no mesmo padrão, cumprindo suas missões, seja na Lava Jato, seja na Calicute ou outra operação com nome pitoresco tornaram-se ícone no país. Isso é fato.