1. Sem emprego, sem previdência e sem salário mínimo
O salário mínimo de 2020 será reajustado em 4%, indo para 1040 reais. Segundo o DIEESE, o salário mínimo ideal para uma família de quatro membros deveria ser de 4143 reais. Os últimos anos têm sido de avanço tipo rolo compressor neoliberal sobre os direitos básicos dos trabalhadores. Tudo na sequência do golpe parlamentar de 2016 que mudou os rumos dados na eleição de 2014 e introduziu um outro programa, inicialmente chamado de 'Ponte para o Futuro', no período de Michel Temer. Primeiro veio o arrocho fiscal, com a lei do teto de gastos públicos, conduzindo paulatinamente o país à recessão e dizimando empregos formais (atingindo hoje 14 milhões de brasileiros). Depois veio a reforma trabalhista que dizimou os direitos garantidos na CLT, disseminando os trabalhos precários e intermitentes com baixíssimos rendimentos. Veio, na sequência, a reforma da previdência, praticamente impossibilitando o acesso à aposentadoria integral, o que vai gerar empobrecimento dos idosos e impactar drasticamente as economias dos pequenos municípios brasileiros. Por fim, veio a extinção da política de valorização do salário mínimo, interrompendo de maneira dramática o maior instrumento brasileiro de distribuição de renda, impactando ainda mais as economias locais e dos pequenos municípios. Em Ribeirão Preto, cada um desses avanços neoliberais serve para piorar um pouco mais os já combalidos indicadores econômicos e sociais da 'califórnia brasileira'. Enquanto isso os bancos e os empresários que vivem do rentismo usaram e usam o Estado para saírem da crise de 2008 e multiplicarem seus lucros ano a ano. Nada mais dependente do Estado do que um rentista neoliberal. Estado mínimo só para o trabalhador.
2. Bosque custa 3,6 milhões por ano e Prefeito quer privatizá-lo
Pertencente à esfera de responsabilidades da Secretaria do Meio Ambiente e funcionando desde 1948, possuindo 750 animais de 120 espécies em 250 mil m2, o Bosque Municipal custa 3,6 milhões de reais ao ano aos cofres públicos e atende 25 mil pessoas por mês. Nogueira, alegando crise financeira, já tem projeto de privatização em andamento, no modelo de PPP (Parceria Público Privada), aquele modelo onde organizações sociais gerenciam serviços públicos através de verbas públicas! Nogueira só não privatizou ainda, com possibilidade de cobrança de ingresso, porque o Condema (Conselho de Meio Ambiente) e o MPE (Ministério Público Estadual) entraram com questionamento sobre de quem será a responsabilidade de gerenciamento da APA (Área de Preservação Ambiental) do Morro de São Bento. O projeto de privatização destina apenas o Bosque para a PPP, mas o MPE quer que a PPP fique com toda a área da APA. A privatização e a cobrança de ingresso vai transformar o Bosque em um passeio 'gourmet' impeditivo ao povo trabalhador, que é hoje o maior frequentador do Bosque público. Bem, isso até que comece a dar prejuízo à organização social e seja repassado de novo ao poder público, sucateado, como sempre ocorre.
3. Estre Ambiental aceita permanecer recolhendo o lixo da cidade
A empresa que em maio venceu o pregão eletrônico por 63 milhões por ano e ameaçou não assinar o contrato alegando que o valor, 12 milhões abaixo da oferta inicial de 85 milhões do pregão, não era suficiente para cobrir os custos do serviço, parece ter chegado a um acordo com a Prefeitura. O serviço que estava ameaçado de ser interrompido em setembro será continuado. O serviço da empresa engloba a coleta do lixo residencial, do comércio e das feiras livres, além das caçambas cata-treco e da varrição de rua. A Prefeitura deve cerca de 9 milhões para a empresa em um débito feito no governo de Dárcy Vera. Um dos serviços que não se consolida é o recolhimento seletivo do resíduo sólido reciclável, coisa que poderia estar gerando renda para cooperativas populares nos bairros e benefícios ao meio ambiente por aumentar a vida útil dos aterros sanitários.
4. Prefeituras de pires na mão