O nível do debate público não pode descer tão baixo |
Todos sabíamos que, se reeleito, Duarte Nogueira PSDB imporia um programa privatista para Ribeirão Preto. E é exatamente isso o que ele vem fazendo, principalmente na saúde e na educação.
É o mesmo programa adotado pelo governo do estado, de BolsoDoria, e pela gestão federal, do baderneiro do Planalto e do banqueiro Paulo Guedes "Pinochet".
Nos anos 1990, os defensores do modelo privatista neoliberal tinham a seguinte narrativa: privatizar aquilo que não é prioridade para que o Estado fortaleça as prioridades, como saúde e educação.
Agora a narrativa é mais violenta: privatizar tudo, incluindo a saúde e a educação.
Nogueira venceu as eleições de 2020 sem ser praticamente incomodado na campanha. Simplesmente não foi questionado nem denunciado sobre o programa de destruição do patrimônio público municipal (com honrosas exceções).
Ao vencer, e tendo maioria na Câmara, apesar da consolidação de uma bancada de esquerda, Nogueira se viu fortalecido para avançar: as OSs estão tomando conta de tudo na educação, na saúde, na cultura, no meio ambiente.
E tudo que é ruim, pode piorar. Além da agenda destruidora, Nogueira ainda se cerca de simpatizantes do estilo bolsonarista de fazer política.
Vejamos o exemplo do post do Secretário de Educação, Felipe Miguel, tentando polarizar com os profissionais da educação em torno do trabalho remoto na pandemia. Ao invés de qualificar o debate e trazer a sociedade para discutir em alto nível, o Secretário apela ao estilo dos bolsominions, divulgando fake news apelativas.
Os profissionais da educação estão trabalhando todos os dias, com recursos próprios, incluindo internet, conta de luz e material didático. E o retorno presencial só não ocorreu porque o governo Bolsonaro sabotou as vacinas e porque o governo Nogueira não realizou as reformas estruturais nas escolas acordadas na Justiça (LEIA AQUI).
Veja o vídeo: QUE ISSO, SECRETÁRIO?
Ribeirão Preto , São Paulo, Brasil estão indo cada vez mais fundo no buraco neoliberal, destruindo as condições de garantias de direitos sociais para sobrar dinheiro ao capital financeiro. Um buraco que necessitará de mais de uma década para que possamos sair para a luz novamente. Mas não é só. Teremos também que fazer um esforço coletivo de recuperação do nível do debate público, atirado na lata do lixo com posturas como a do secretário municipal.
Estamos na resistência. Estamos na luta.
Todo apoio aos profissionais da educação de Ribeirão Preto.
Ricardo Jimenez - editor do Blog O Calçadão
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