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| O caminho é mobilizar o gado para fazer baderna em 2022 |
Vamos falar a real aqui: o desgoverno do baderneiro do Planalto já acabou. Não há nenhum plano de gestão para a gravíssima crise econômica, energética e social que penaliza o Brasil e o trabalhador brasileiro. O que há é a "estratégia Trump", ou seja, manter a mobilização do gado chucro para tentar a baderna em 2022 e segurar uma base popular proto-fascista no futuro.
A fala na ONU foi como mostrar o dedo médio ao mundo e dar o recado claro de que o baderneiro fala para a sua turma, somente.
Essa constatação coloca um problema para o país, um problema grave, pois o sofrimento do povo não será mitigado e o processo eleitoral e a posse do vencedor, que não será o baderneiro, não será respeitado pela turba.
Porém, esta constatação também torna o cenário mais claro para o campo democrático, uma vez que se sabe, antecipadamente, os passos do baderneiro.
Ou se cria o ambiente para o impeachment do baderneiro, com grande mobilização popular e unidade política no Congresso (essa atenuada pela ação de Temer dois dias após os episódios do 7 de setembro), ou se cria as condições para a sua derrota nas urnas com garantia da posse do vencedor.
Diante desse quadro fica colocado o caminho a ser seguido pelas forças populares: buscar o fortalecimento do movimento Fora Bolsonaro, com um viés de amplitude ao campo da centro direita, mantendo uma pauta de confrontação ao bolsonarismo e ao neoliberalismo, e o fortalecimento de uma frente política capaz de derrotar Bolsonaro nas urnas com um programa econômico que interesse ao trabalhador. Essa frente política tem tomado forma no Congresso com a unidade de PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, PV, Rede e Solidariedade. Essa frente deve se somar à força dos movimentos sociais e buscar levar para as ruas a classe trabalhadora, que hoje rejeita de maneira majoritária o desgoverno do baderneiro.
Ricardo Jimenez - editor do Blog O Calçadão
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