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segunda-feira, 27 de maio de 2024

"Fenômenos extremos estão acontecendo com uma regularidade muito intensa"

 

Da esquerda para a direita: Gilmar Mauro, Carla Bueno, Nilto Tatto, Mirian Nobre e Diógenes Rabello
Foto: Filipe Augusto Peres

Durante a Conferência Crise Climática e Reforma Agrária Popular, Gilmar Mauro lembrou que casos como a tempesta de poeira ocorrida na última sexta-feira serão cada vez mais comuns devido à crise climática.

Realizada durante a Feira Estadual da Reforma Agrária Neusa Paviato, em Campinas/SP, neste domingo (26), durante a Conferência Crise Climática e Reforma Agrária Popular,  Gilmar Mauro, da Coordenação Nacional do MST, citou o recente caso da tempestade de poeira na cidade para alertar sobre os impactos da degradação do solo na agricultura intensiva. O espaço ainda contou com a participação do deputado federal Nilto Tatto (PT/SP), da dirigente política da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) Mirian Nobre e Carla Bueno, do Setor de Produção do MST.

Debatendo as constantes crises causadas por eventos climáticos extremos a partir de casos como os de São Sebastião-SP, quando 65 pessoas morreram devido aos deslizamentos causados pelas fortes chuvas 65 pessoas morreram devido aos deslizamentos causados pelas fortes chuvas, e a recente tragédia no Rio Grande do Sul, o coordenador nacional do MST chamou atenção que fenômenos climáticos naturais aconteciam antes mas que “agora, esses fenômenos extremos estão acontecendo com uma regularidade muito intensa” e citou o recente caso ocorrido no município de Ribeirão Preto.

Gilmar Mauro lembrou que a frequência cada vez maior das tempestades de poeira ocorridas na região de Ribeirão Preto são devido à intervenção humana e observou que essas tempestades de poeira normalmente acontecem em grandes áreas de pasto e agrícolas por falta de uma vegetação mais densa, com árvores e vegetação nativa.

" Para a gente ter uma ideia, ontem, a gente teve mais uma tempestade de poeira na região de Ribeirão Preto, que engoliu a cidade. Mas o que é essa terra que engoliu a cidade de Ribeirão Preto? Essa sim é novidade, porque no ano retrasado teve várias que cobriram a cidade e são os solos extremamente degradados para o uso da cana, principalmente, que em um determinado momento são tombados e ficam expostos ao solo. Uma falta de chuva constante pode provocar cada vez mais tempestades de poeia como aconteceu agora também, de novo em Ribeirão Preto, solos destruídos, solos aterrados para esse tipo de agricultura intensiva".

Entenda o caso

No último dia 24, uma densa nuvem de pó e areia encobriu o sol e o céu de Ribeirão Preto. O fenômeno, causado por uma forte ventania que atingiu a região, assustou os moradores. Segundo a Defesa Civil, a velocidade do vento medida no Aeroporto Leite Lopes, na zona norte da cidade, alcançou 74 km/h.

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