
O golpe de 2016 fracassou, apesar de seus efeitos deletérios para a economia do país e os direitos sociais da população. Seus líderes foram desmascarados e caíram no descrédito, como nos casos patéticos de Sérgio Moro e Aécio Neves. Mas, 2016 criou dois filhotes: o primeiro foi um Judiciário excessivamente politizado e o outro, um monstro ainda mais tosco e agressivo que a lava jato, o bolsonarismo, onde se reúnem os adeptos diretos de Jair Bolsonaro, hoje no PL, e forças laterais presentes no Centrão, no MDB , no PSD e no Novo. Uma força anti-democrática, proto-fascista, que busca aprofundar o neoliberalismo num viés autoritário e entreguista e que chegou ao poder em 2018 na brecha aberta pela prisão política de Lula feita pelos golpistas de 16. A conduta golpista e genocida de Bolsonaro forçou o Judiciário a manter sua politização e endurecimento para assegurar a democracia. Lula, com a Frente Ampla de 22, derrotou os golpistas de 2016 e removeu o bolsonarismo do poder, proeza gigantesca que só uma figura como Lula pode fazer. Mas a vitória de 22 criou os golpistas do 8 de janeiro de 23. O novo golpismo bolsonarista busca sabotar o Brasil com apoio do neofascismo internacional (Trump) e é desafiado pelo Judiciário e por Lula. Novo embate está marcado para 26. Pela primeira vez desde 2018, a conjuntura política colocou o bolsonarismo na defensiva, nas ruas e nas redes, e Lula tem a seu dispor as narrativas da justiça social e da soberania nacional contra a narrativa da Anistia imposta à força pelos bolsonaristas. Esse é e será o embate político de agora e de 26. O campo lulista precisa perder o receio, buscar avançar com a pauta da justiça social e da soberania e envolver a maioria da sociedade. O golpismo bolsonarista vai perder, de novo. A vitória será de quem quer um país democrático, socialmente justo e soberano. Fortalecer Lula agora e reelege-lo em 26 são os objetivos. Precisamos criar, no ciclo 26/30 as condições sociais e políticas para reequilibrar a democracia brasileira, reduzindo a politização do STF, retomando a posse do orçamento pelo executivo e fortalecendo a presença popular e democracia no Congresso . À luta.
Ricardo Jimenez - editor Blog O Calçadão