Por Marcelo Botosso*
Parece
que o espírito republicano nunca esteve tão distante dos nossos gestores como nos
dias de hoje.
Em 9 de Maio, a Assembleia Legislativa votou projetos de lei que
reconhecem a vocação turística de 14 municípios, entre eles 2 de nossa região
metropolitana a serem contemplados: Brodowski e Monte Alto. Na prática esses
municípios serão elevados à categoria de “Município de Interesse Turístico”
podendo receber um repasse fixo anual de R$ 700 mil a ser liberado pelo Fundo
Estadual do Turismo para o fomento do setor. Esse recurso pode ser utilizado em
estruturas que atendam ao Turismo do município, como o acesso viário, asfalto,
guias, sarjetas, paisagismo, sinalização turística, etc.
Curiosamente,
a maior e mais plural cidade da região e uma das mais pujantes do Estado e, por
que não, do país ficou de fora, a própria Ribeirão Preto. E não foi por falta
de vocação, pois Ribeirão é um polo de atração que congrega várias tipificações
turísticas, passando da gastronômica, da cultural ao Turismo de Negócios.
Atraindo milhares de visitantes que se deslocam o ano inteiro de outras cidades
a Ribeirão Preto. São centros de compra, de eventos, teatros, festivais,
festas, feiras, eventos, museus, etc.
Já que
atrativos e outros requisitos turísticos não são problemas para Ribeirão, a
pergunta que fica é o porquê de sua não inclusão. E a resposta é a mais simples
e surpreendente possível: faltou apresentar a documentação. Pasme! O descaso é
tão grande que tanto a gestão passada quando a atual não se moveram nesse
sentido.
Apesar
de inusitado e quase ilógico, no final das contas fica fácil entender a
inoperância e o desdém na busca pelo título “Munícipio de Interesse Turístico”.
O que são R$ 203 milhões, apurados pela Operação Sevandija, contra míseros R$
700 mil?
*Marcelo
Botosso foi Secretário de Turismo de Sales - SP e Historiador da Estância Turística
de Salto - SP.
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