São, ao todo, 373 deputados que congregam a chamada bancada BBB: Boi, Bala e Bíblia.
Seus interesses e representantes sempre existiram, mas nunca em um nível de articulação e operacionalidade unificada como agora.
Estiveram presentes como forças isoladas nos governos FHC, Lula e Dilma, mas sempre tiveram outras forças contrárias que davam um certo equilíbrio ao sistema de alianças e de disputas políticas.
Mas, a partir do golpe de 2016, ou melhor, a partir da atuação de Eduardo Cunha em 2014 e 2015, através de um sistema concatenado de financiamento empresarial e de um objetivo de poder e exercício do poder de maioria, que essas forças se uniram e hoje se constituem como o maior poder político do Brasil.
Vivemos, desde 2013, quando o teor das manifestações foi sequestrado e distorcido pela mídia, um avanço do discurso reacionário e intolerante.
Fenômeno brasileiro e mundial.
Fenômeno brasileiro e mundial.
Figuras identificadas com esse discurso surgiram com força no campo político, no campo midiático e no campo jurídico nos últimos três anos.
A suspensão das garantias do Estado Democrático de direito é tolerada por esse pessoal sob a justificativa da realização de um 'justiçamento', segundo eles, necessário para 'limpar o país'.
Esse é o período que estamos vivendo.
Mídia, política e judiciário operando juntos para a construção de um país menos tolerante, mais desigual, com menos direitos e com menos condições de realizar um projeto nacional soberano.
Tratoram as políticas de direitos humanos e minorias, desrespeitam a legislação de proteção de terras indígenas, buscam intimidar professores em sua liberdade de cátedra, entregam bilhões de barris em jazidas de petróleo e transformam a política em um sindicato de defesa de seus interesses.
E quem paga a conta é a população mais pobre e mais desprotegida.
E quem paga a conta é a população mais pobre e mais desprotegida.
Hoje, não há nenhuma força política capaz de enfrentá-los no campo institucional.
A possibilidade de confrontá-los só existe no campo social e popular, mas em condições bastante adversas, já que os instrumentos de mídia tradicional operam ao lado deles e o fisiologismo político que representam e executam é de extremo interesse do grande capital.
O Brasil que sorria ao mundo nas covinhas de Lula em 2009 hoje é um país que rosna e pragueja com uma bíblia debaixo do braço, um latifúndio sob os pés e um revolver na cintura.
E essa realidade nasceu de dentro do processo de cerco e fustigamento de Lula e seu legado, operado por um sistema golpista que tomou corpo único em 2014/2016.
E essa realidade nasceu de dentro do processo de cerco e fustigamento de Lula e seu legado, operado por um sistema golpista que tomou corpo único em 2014/2016.
É de impressionar que, dentro desse cenário, Lula apareça cada vez mais líder das pesquisas eleitorais.
Esse é um sinal extraordinário de que, apesar de tudo, a memória de uma país mais justo e feliz empolga amplas massas, mesmo que essas massas sejam diariamente bombardeadas pela mídia hegemônica.
Eis o caminho, eis o fio da meada para disputar na sociedade os rumos do país e a disputa que se avizinha de hoje para 2018: apostar nas covinhas de Lula.
Mas não as covinhas de 2009, mas as covinhas de 2016, dentro de um novo projeto de país que sustente não apenas o desenvolvimento e a inclusão social, mas que também sustente a disputa política na sociedade e que busque romper amarras e sistemas arraigados historicamente, como o sistema de mídia, por exemplo.
Mas não as covinhas de 2009, mas as covinhas de 2016, dentro de um novo projeto de país que sustente não apenas o desenvolvimento e a inclusão social, mas que também sustente a disputa política na sociedade e que busque romper amarras e sistemas arraigados historicamente, como o sistema de mídia, por exemplo.
Ricardo Jimenez
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