A ideia é criar uma plataforma para
agregar democraticamente contribuições da sociedade civil. Nela, as pessoas
podem sugerir projetos e discutir propostas organizadas em cinco eixos:
democratização dos territórios e meio ambiente; democratização da economia;
democratização do poder e da política; um programa negro, feminista e LGBT; democratização da comunicação e da cultura.
“Não esperamos que soluções caiam do céu! Diante da maior
crise institucional desde a redemocratização, sem medo, decidimos construir a
saída com nossas próprias mãos”, afirma a organização. Além de estimular a
mobilização no ambiente virtual, a Frente Povo Sem Medo, que reúne mais de 27 movimentos
sociais, coletivos e sindicatos de trabalhadores, pretende realizar eventos em
diversas capitais do país para apresentar o projeto e seus resultados.
O primeiro dessa série de eventos será realizado em São
Paulo, no próximo dia 26. O local ainda não está definido, porém a Frente
adianta que será em um espaço público, às 19h. Neste primeiro encontro, membros
de movimentos organizados da sociedade civil, integrantes da Frente, devem
apresentar o projeto. “As oportunidades abertas são sempre proporcionais ao
tamanho da crise. É hora de reorganizar as ideias, defender o legado da luta
popular e propor novos caminhos”, dizem.
Outras capitais também possuem datas marcadas para a
realização dos debates e já com apresentação de resultados. No Rio de Janeiro,
será debatido o eixo sobre a democratização da economia, no dia 21 de setembro.
Porto Alegre recebe a iniciativa no dia 30 do mesmo mês para debater a
democratização do poder e da política. O tema da democratização das
comunicações e cultura será discutido em Fortaleza, em 7 de outubro. No Norte
do país, Belém será sede do encontro sobre a democratização dos territórios e
meio ambiente, no dia 28 de outubro. No dia 11 de novembro, é a vez de Belo
Horizonte analisar propostas sobre um programa negro, feminista e LGBT. Por
fim, Recife recebe o último evento, um balanço das açõesem 25 de novembro.
“Presencialmente, capitais e cidades do interior do
Brasil irão realizar encontros com especialistas de cada um dos eixos para
provocar a discussão e pactuar consensos. No âmbito online, um texto-manifesto
orientará a discussão dos eixos e cada cidadão poderá participar levantando
propostas e interagindo com as já existentes, o que criará um processo ativo de
participação social”, afirma a entidade. No final do ano, a Frente pretende
articular em favor das novas propostas “de forma transparente e aberta, até que
um novo desenho de Brasil seja delineado pelas nossas mãos”.
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