Comitiva internacional de mulheres encerrou a sua visita ao país no assentamento Mário Lago. Fotos e vídeo: Filipe Augusto Peres |
Entre os dias 14 e 16 de março uma comitiva internacional formada por mulheres de Porto Rico, Chile, Estados Unidos e Espanha vivenciaram as experiências agroecológicas e agroflorestais realizadas pelas mulheres sem terra, no assentamento Mário lago, em Ribeirão Preto.
De acordo com a estadunidense Maureen Darras, da organização Community to Community Development conhecer ter vindo para o I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, realizado entre os dias 5 e 9 de março, em Brasília, ter conhecido a Escola Nacional Florestan Fernandes e ter vivenciado experiências no acampamento Marielle Vive, em Valinhos-SP, e no assentamento Mário Lago, em Ribeirão Preto, constituiu uma "tremenda experiência", uma vez que a sua organização luta diretamente no epicentro do neoliberalismo, ou seja, nos Estados Unidos.
"Estamos em resistência lá, também. Somos irmãs na luta e viemos para aprender sobre como é a famosa organicidade (do MST). Isto nos ajudou a entender como pode ser um movimento de base tão grande e como podemos melhorar a nossa capacidade de organização na base a nível nacional nos Estados Unidos. Também estamos em luta contra os agrotóxicos, também estamos em luta pelos direitos dos camponeses foram explorados por gerações nos EUA".
Para a porto-riquenha Magha García, da organização Boricuá, a visita ao Brasil foi uma oportunidade de conhecer mais profundamente o trabalho de formação política realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes. Para Magha, entender o conceito de organicidade desde todas as experiências vivenciadas, seja na Escola Nacional, seja no I Encontro Nacional, seja nos acampamentos e assentamentos do MST é como ter a compreensão do corpo humano, onde o "dedo não funcional sem a palma, sem o punho, sem o cotovelo. Um conceito que o MST aplicou de um modo que se entenda na prática, além da teoria. Essa maneira especial que foi dada no Brasil de organizar a classe trabalhadora a partir de um olhar do socialismo marxista".
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