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segunda-feira, 16 de março de 2020

Números de moradores de rua supera 7 mil em Ribeirão Preto



Em levantamento realizado nos últimos 30 meses, a Secretaria Municipal da Assistência Social cadastrou 7154 moradores de rua na cidade de Ribeirão Preto. 

O número condiz com a realidade de aumento acelerado do número de moradores de rua no Brasil inteiro a partir de 2016, quando o Brasil, já dentro de uma crise econômica, concretizou sua crise política com um impeachment sem provas que mergulhou o país no projeto neoliberal de Temer e, após o desastre de 2018, de Bolsonaro/Guedes. 

Veja os números da cidade de São Paulo

Dos 7154 cadastrados, 6400 são homens entre 30 e 59 anos, e 754 mulheres. 

Os principais motivos de terem ido para a condição de moradores de rua são "questões familiares", "drogas/álcool" e "fatores econômicos". 

A SEMAS também constatou que há cerca de 2 mil crianças trabalhando em esquinas e semáforos na cidade. 

Além do problema do desemprego e da redução na renda das famílias brasileiras, o Bolsa Família, um dos principais programas de distribuição de renda criados no Brasil, enfrenta uma crise de represamento de recursos nos últimos anos e uma redução no número de famílias atendidas. Isso impacta, também, a vida das crianças, pois a frequência escolar e a vacinação eram duas das obrigatoriedades do programa.


Todos esses números só reforçam a necessidade de fortalecimento da políticas públicas diante da crise econômica. Com relação às pessoas em condições de moradores de rua, o atendimento multidisciplinares é o necessário: atendimento médico, psicológico, programas de assistência e distribuição de renda/geração de renda, abrigo com potencial de ressocialização e fortalecimento dos Conselhos Tutelares. 

A Prefeitura conta com o Serviço Especializado de Abordagem Social, cjujo telefone é o 0800 773 0161, e tem capacidade de atender 80 pessoas por dia no CETREM (no bairro Salgado Filho) e 60 pessoas por dia no Centro POP (na Vila Brasil), ambos na zona norte da cidade. 

Todas as pessoas que estão em condições de moradores de rua têm o direito a um tratamento humanizado e a contar com o apoio do poder público complementado pela sociedade civil para procurar e receber ajuda para solucionar ou amenizar seus problemas.

Indiferença, discriminação e repressão não resolvem absolutamente nada.

Blog O Calçadão

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