Após o pronunciamento nefasto do presidente da República, Jair Bolsonaro, os governadores de todos os estados, em reuniões regionais, decidiram ignorar as sandices de todo o gabinete do ódio e continuar a seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde.
Até aliados (não são ex-aliados), percebendo que o presidente está cada vez mais isolado, batem abertamente no desgoverno Bolsonaro e tentam descolar a própria imagem à do ex-pslista como é o caso dos governadores Ronaldo Caiado (DEM/GO) e João Dória (PSDB/SP).
Em reunião do presidente com governadores do Sudeste nesta quarta (25), o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), criticou abertamente a postura do presidente da República. Dória referiu-se a postura de Bolsonaro como "descontrolada", totalmente descontextualizada do tema da reunião.
Já Ronaldo Caiado (DEM), governador do Estado de Goiás, um dos fundadores da reacionária UDR (União Democrática Ruralista), também nesta quarta (25) afirmou que como médico e governador não pode concordar com um presidente que não tem consideração com seus aliados. O governador de Goiás ainda disse que só conversará com Bolsonaro por meio de comunicados oficiais e que as decisões do presidente da República no que tange ao coronavírus não alcançam o estado de Goiás. As decisões continuarão a ser lavradas por ele, baseadas nas recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Ontem (24) o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), logo após o pronunciamento infame do presidente, soltou uma nota em que afirmou que a fala do presidente foi grave e que o país "precisa de uma liderança séria".
Cada vez mais isolado, Bolsonaro perde força. Já perdeu a liderança entre os governadores, entre muitos prefeitos. Resta-lhe, ainda, os fascistas da extrema-direita e o seu gabinete do ódio.
Perguntado,.nesta quarta-feira (25), durante entrevista coletiva, sobre um possível impedimento do Presidente por crimes de responsabilidade, João Dória, sem desfizer a possibilidade ou se apoia tal movimento, limitou-se a dizer que não lhe cabe este julgamento enquanto governador, que este papel cabe ao Congresso Nacional. Mourão, do sofá de seu confinamento e silêncio, deve ter agradecido.
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