Páginas

domingo, 8 de março de 2015

Reforma Política!



A mídia tentou, buscou criar um novo "juiz herói", tentou criar um novo "mensalão", atiçou os "coxinhas" da intervenção militar, elegeu um presidente da Câmara para "emparedar" o governo, escondeu os malfeitos do tucanato debaixo das suas asas e nada! Como eu escrevi aqui, Dilma tem as mãos limpas e é, segundo se viu desde 2010, um osso duríssimo de roer.

Ora, se em meio a tudo isso não se conseguiu nenhum elemento para derrubar o governo, porque sua chefe, a Dilma, é porreta, chegou a hora da reação. É agora ou nunca! E é chegada a hora da reação pela via política. Depende do PT.

O enfraquecimento de Cunha e de Renan não significa, necessariamente, algo ruim para a aliança de governo. Pode ser o contrário. Abriu-se uma brecha importante para uma repactuação, para o diálogo com as forças políticas da coalizão, para a confecção de uma nova agenda política e administrativa, adiadas desde o fim das eleições por imobilidade política, erros de escolha e conveniência da oposição e da mídia com o ambiente de crise.

A oposição está acuada. Anastasia é Aécio e Aécio está na mira do STF, atolado em Furnas. Aliás, Aécio escapou da lista do Janot na bacia das almas.

De todos os pontos que devem constar nessa nova agenda política e administrativa (que devem, obrigatoriamente, estar voltados para a retomada do crescimento nacional e do emprego, apesar do Levy), o mais importante agora é a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Esse é o ponto fundamental da reforma política.

O governo, o PT e o movimento de massa devem dar três recados bem claros: a nossa Presidente é uma mulher de fibra e é honesta! Queremos a apuração irrestrita de todos, sem exceção! Queremos um processo eleitoral mais limpo!

O PT é o carro chefe desse novo tom do debate.

Coibir a relação promíscua entre o público e o privado, através do fim do financiamento empresarial, é o ponto fulcral da reforma política. Isso tornará o processo político mais barato, mais independente do poder dos lobistas e mais próximo do cidadão comum.

É o investimento em um novo tipo de processo político-eleitoral, em uma nova prática política, em novas e mais honestas formas de se fazer investimentos em obras. E é, definitivamente, um mecanismo que retira da mídia a sua capacidade de fazer chantagem e moralismo seletivo, uma vez que ela, mídia, também é participante do atual modelo promíscuo entre público e privado, mas na hora "H", ela protege seus aliados e "denuncia" seus adversários.

Agora é o momento de fazer do limão colhido desde o final da eleição uma limonada. Com a palavra, o PT.

Ricardo Jimenez

Nenhum comentário:

Duda Hidalgo denuncia aumento da violência policial de Tarcísio e é atacada por bolsonaristas em sessão da câmara

  Com a intenção de fazer o debate sobre números e estatísticas, Duda foi à Tribuna na sessão desta terça (16/04) discutir um requerimento q...