Muitas vezes as demandas reais da sociedade criam as condições para o debate político e a construção de maiorias que produzem mudanças.
As forças que disputam o poder têm a obrigação de fazer a leitura, definir a estratégia e sair à luta.
A atual crise dos combustíveis, que apenas significa a continuidade de uma grave crise democrática, econômica e social que o Brasil vive desde o golpe de 2016, mais uma vez define campos políticos em disputa.
O campo golpista, com velocidade e capacidade em operar por mídias sociais, fake news e alarmismos, consegue sair na frente nos últimos tempos.
A pauta desse campo é a defesa do neoliberalismo na economia e o moralismo conservador nos costumes. Até Alexandre Frota e Bolsonaro estão nessa onda.
Contando com apoio da grande mídia, disseminam o neoliberalismo de botequim entre os trabalhadores. Há muito assalariado, muito autônomo, muito trabalhador que recebe até três salários defendendo por aí 'Estado mínimo', ou seja, o fim do SUS e da educação pública, por exemplo.
Gritar contra os impostos é outra coisa em que o campo golpista foi competente para colocar na boca do povo.
Não que não seja preciso debater os impostos, mais quais? De novo o trabalhador não compreende que o nosso sistema tributário pesa sobre o salário e o consumo, enquanto pega levíssimo com os muito ricos e o lucro e dividendos empresariais.
Para um ricaço que vive de renda, um banqueiro, o Brasil é quase um paraíso fiscal.
Nessa questão dos combustíveis, a proposta de abaixar o diesel cortando imposto vai afetar a arrecadação de Estados e municípios, dificultando o financiamento do SUS e da educação pública, ou seja, prejudicando os mais pobres.
Mas nós do campo progressista, de esquerda, estamos sendo incompetentes em levar nossas bandeiras ao povo e até de compreender o processo de diálogo com o povo.
Não temos a grande mídia, é fato, mas também estamos perdendo nas mídias sociais e nas ruas.
Por que houve a paralisação dos caminhoneiros?
Porque a política de preços neoliberal adotada por Pedro Parente para beneficiar os acionistas milionários e as petroleiras afrontou os brios do trabalhador.
Mas não é 'Estado mínimo' e neoliberalismo que o povo quer?
Não, não é!
A maior prova disso são os 39% nas pesquisas que Lula atinge mesmo preso na masmorra golpista.
O povo é contra a privatização do nosso patrimônio e mostrou isso em quatro eleições seguidas!
Duvido que um trabalhador seja contrário à Petrobrás cumprir seu papel social ao definir uma política de preços e duvido que seja contrário ao Brasil utilizar suas refinarias para refinar seu próprio petróleo.
Temer tem 90% de rejeição e o povo sabe que Pedro Parente é um representante de interesses estrangeiros.
Cabe a nós encontrarmos o caminho do diálogo com o povo!
Encontrar uma narrativa anti-neoliberal, anti-golpista e de defesa nacional.
Encontrar uma narrativa anti-neoliberal, anti-golpista e de defesa nacional.
A prisão de Lula é para, além de retirá-lo da urna, dificultar esse diálogo.
A defesa da Petrobrás e do nosso petróleo, que é a base política da greve de petroleiros que começa nesta quarta, talvez seja o caminho para avançarmos em nossas pautas junto ao povo, levando junto a defesa das eleições diretas, nesse momento em que o golpe prepara sua terceira fase, o parlamentarismo.
O petróleo é nosso e diretas, já!
E diretas, já tendo no seu seio o #LulaLivre.
A saída é a democracia.
Resistência e esperança na luta contra esse golpe brutal que se abateu sobre o país.
Com eleições livres, ninguém tira a vitória do campo progressista.
E diretas, já tendo no seu seio o #LulaLivre.
A saída é a democracia.
Resistência e esperança na luta contra esse golpe brutal que se abateu sobre o país.
Com eleições livres, ninguém tira a vitória do campo progressista.
Ricardo Jimenez
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