Ano letivo começa com inúmeras reclamações dos profissionais da educação
Por Ailson Cunha,
Para o Blog
O Calçadão, 10 de fevereiro de 2022.
A Associação dos Profissionais de Ensino Ribeirão
Preto, Aproferp, usou suas redes
sociais para criticar a posição da Prefeitura em relação ao sono das crianças
na educação infantil. No início do ano, a Secretaria de Educação estabeleceu
que o horário de sono das crianças possa ser realizado em qualquer momento e
não mais após o horário de almoço.
A associação questiona a decisão, pois a criação de rotina no dia-a-dia da criança é importante e a medida da SME cria outros problemas dentro das unidades e não resolve o problema da falta de espaço e lotação (veja abaixo texto completo).
De
acordo com o próprio texto, a SME diz que o entendimento foi errado e que a
medida está suspensa.
Esse
é mais um dos problemas apontados pelos professores nesse início de ano letivo
com retorno 100% presencial das atividades. Esse início foi anunciado com muito
entusiasmo pela SME: com mais professores efetivos e contratados, mais aulas de
inglês, computadores, kit multimídia e aparelhos de ar-condicionado nas escolas. No entanto,
são muitas as denúncias que os sindicatos e associações, professores e outros
profissionais da educação vêm fazendo.
Profissionais
terceirizadas com salários atrasados, escolas precárias com problemas graves de infiltração, falta de professores,
aparelhos de ar-condicionado e computadores sem instalação, falta de vagas em
creches e EMEIs são alguns problemas enumerados por eles.
Veja texto integral da Aproferp
A
Educação Infantil da rede municipal iniciou o ano com uma surpresa! Uma decisão
de que o sono após o almoço no período integral não deveria mais estar na
rotina e, sendo assim, a criança deveria escolher o momento em que ela gostaria
de dormir.
Bem,
com essa decisão podemos pensar:
-
Rotina na educação infantil não tem importância, visto que a criança escolhe o
que quer fazer. Pensando nisso, imaginem um MI com 12 crianças e cada uma
escolhe dormir na hora que quiser. Como ficam as atividades pedagógicas?
- Ou
as escolas de educação infantil do município não possuem estrutura para o sono
adequado em todas as escolas? Cabem colchonetes suficientes, proporcionando um
sono confortável e seguro, mantendo-se o distanciamento necessário devido à
Covid-19?
O que
será que precisa ser escondido por trás dessa decisão?
A
decisão da Prefeitura não encontra respaldo científico em qualquer situação. É
negacionismo conveniente, que racionaliza investimentos e que vê a educação
pública de qualidade como custo financeiro.
Após
a pressão geral de professores da rede, a SME diz que não teria dado essa
orientação e que as diretoras teriam entendido errado as informações. Por
enquanto, a ideia estapafúrdia de retirar o sono da rotina está suspensa.
A pergunta agora é: como será o sono nas CEIS dentro dos protocolos e com distanciamento?
Aproferp critica medida da SME. Imagem: redes sociais. |
O Outro lado
Procurada
por email, a SME ainda não se pronunciou.
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