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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Após fracasso do golpe, sobram Aécio e os "manifestantes da CBF"!


E parece, enfim, que a normalidade política vai se restabelecendo. Não significa absolutamente o fim das dificuldades. Os trabalhadores têm pela frente muitos desafios pois o restabelecimento da normalidade ocorreu mediante uma capitulação do governo Dilma, o que significa um retrocesso no projeto nacional iniciado em 2003 por Lula.

A tal "Agenda Brasil" acordada com Renan Calheiros tem armadilhas sérias para a classe trabalhadora e a ameaça sobre o pré-sal ainda é real, pois o mesmo Renan parece ser o principal fiador do projeto entreguista de Serra no Senado.

Os trabalhadores e os movimentos sociais têm muitas lutas pela frente, inclusive para buscar construir forças que possam pressionar o governo, fazer Dilma retomar a defesa do avanço social como mote de sua administração.

Mas o fato é que há um avanço em direção à normalidade democrática, com um acordo que reuniu governo, empresários e trabalhadores, todos buscando um pacto inicial que permita ao país enfrentar a crise e isolar o movimento golpista gestado pelos apoiadores do candidato derrotado em 2014, o qual teve resistência até mesmo dentro do PSDB.

Dia 16 próximo sairá às ruas o que restou da campanha de Aécio: os manifestantes da camiseta da CBF/Nike. Gritarão "fora Dilma", "fora PT", "intervenção militar" e demonstrarão seu orgulho em se perfilarem ao lado de Eduardo Cunha, o seu líder de última hora na "batalha contra o comunismo do Foro de São Paulo".

Reparem como essas manifestações são idênticas àquelas que ocorriam na campanha de Aécio na orla de Copacabana, por exemplo: coxinhas vestindo camisa da seleção.

Aécio sai uma figura menor de todo esse processo. Domingo veremos (isso se houver transmissão da Globo, que eu duvido) no que Aécio se reduziu, no aliado de Marcelo Reis do Revoltados Online e de Kim Kataguiri, o analfabeto político mirim, como bem disse Paulo Nogueira certa vez.

Mas essa não é a principal humilhação de Aécio. Não. Essa é só a parte mais bizarra da coisa. A principal humilhação é não ter tido capacidade de convencer a nata do empresariado nacional a embarcar na sua nave. Isso dói e traz consequências futuras desastrosas para Aécio e seu grupo.

O tempo vai mostrar a Aécio que a humilhação que ele sofreu em Minas nas eleições é só a ponta de um doloroso processo a caminho do rodapé da história.

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