SP 247 - Deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo divulgaram uma nota nesta sexta-feira 9, após a denúncia, divulgada pela Folha de S.Paulo, de que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu dinheiro vivo em propina da Odebrecht, e que ele era o "Santo" discriminado nas planilhas da empreiteira.
Os deputados disseram não estar surpresos com as notícias, mas consideram "extremamente grave a denúncia de corrupção e destaca que o PSDB levou ao Tribunal Superior Eleitoral a denúncia de caixa dois contra a candidatura de Dilma Rousseff em 2014 e, por conta disso, espera-se dos dirigentes tucanos apoio às denúncias ora apresentadas pelos delatores da Odebrecht, que serão motivo da denúncia da Bancada do PT ao Tribunal Regional Eleitoral".
"Os deputados estaduais vão exigir providências rigorosas na investigação da denúncia por parte dos Ministérios Público Federal e Estadual, do TER, e vão acompanhar permanentemente cada passo da investigação", prosseguem. Leia a íntegra da nota:
Deputados petistas analisam impeachment de Alckmin
A denúncia de propina e caixa dois na campanha do governador Geraldo Alckmin, trazida à tona por meio da matéria do jornal Folha de S.Paulo, e a revelação de que o "Santo" é o governador Geraldo Alckmin, receptor de propina no valor de R$ 2 milhões em dinheiro vivo, para o esquema de caixa dois nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014, ao comando do Estado de São Paulo, não causou surpresa aos deputados estaduais da Bancada do Partido dos Trabalhadores, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O codinome de Alckmin consta nas listas de propina e caixa dois da empreiteira como "santo", segundo informação publicada pela revista "Veja" recentemente.
O apelido aparecia associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal relacionadas à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, uma obra do governo Alckmin de 2002. A palavra "apóstolo", escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por "santo".
Ainda de acordo com a matéria, o mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Marcio Pelegrino, executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista.
Na mensagem, Pelegrino diz que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha "com vistas a nossos interesses locais". O executivo afirma que o beneficiário do suposto suborno era o "santo".
Para a Bancada do PT, o governador Geraldo Alckmin e o atual ministro das relações exteriores, José Serra, são hereges dissimulados, discursam como paladinos da moralidade, ludibriam a opinião pública, sustentados na blindagem construída ao longo do tempo, por meio da maioria quase absoluta no Parlamento estadual, e com a parcimônia de amplos setores da imprensa e alguns integrantes do Ministério Público, como se vê constantemente procuradores sendo alçados ao cargo de secretários de estado.
Além dessa malha de proteção que lhes garante a plumagem ilibada, os integrantes do PSDB sempre lançam como respostas às denuncias de fraudes e corrupção o script da vitimização e apontam para terceiros a responsabilidade do delito, quando são flagrados.
Há duas décadas o PSDB usa reiteradamente da falácia de que é vítima de mal feito por terceiros, se exime de suas responsabilidades e blinda as apurações de seus agentes políticos nas fraudes no Metrô e CPTM, em conluio das multinacionais Alstom e Siemens, nas desapropriações e obras do Rodoanel, na Nova Marginal Tietê, que a época trouxe o protagonismo do emblemático personagem Paulo Preto, diretor da Dersa e responsável pela coleta do caixa dois e, mais recentemente, o caso da Máfia da Merenda, ocasião em que vergonhosamente a tropa de choque apresentou relatório blindando o governador e isentou todos os políticos mencionados nas denúncias da Operação Alba Branca.
A Bancada do PT classifica como extremamente grave a denúncia de corrupção e destaca que o PSDB levou ao Tribunal Superior Eleitoral a denúncia de caixa dois contra a candidatura de Dilma Rousseff em 2014 e, por conta disso, espera-se dos dirigentes tucanos apoio às denúncias ora apresentadas pelos delatores da Odebrecht, que serão motivo da denúncia da Bancada do PT ao Tribunal Regional Eleitoral.
Os deputados estaduais vão exigir providências rigorosas na investigação da denúncia por parte dos Ministérios Público Federal e Estadual, do TER, e vão acompanhar permanentemente cada passo da investigação.
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