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segunda-feira, 23 de maio de 2022

"Prefeito quer o Sassom como a nova COHAB", diz vereador



No último dia 9 de maio aconteceu na Câmara de Ribeirão Preto uma reunião da Comissão Especial de Estudos do Sassom. A CEE é presidida pelo Coletivo Popular Judeti Zilli (PT).

A CEE foi proposta por conta da aprovação pelo Conselho Deliberativo do Sassom de uma mudança na política de atendimento à saúde dos servidores, feita há mais de 60 anos pela atual autarquia. Pela proposta aprovada, a carteira de mais de 20 mil servidores seria transferida para uma empresa privada de planos de saúde.

A aprovação da proposta no conselho Deliberativo foi feita, no último dia 31 de março, por 8 votos a 7, sendo que os 7 representantes do governo no Conselho votaram SIM e os 7 representantes classistas votaram NÃO, sendo que o voto de desempate foi dado pela atual Superintendente da autarquia, Tássia Correa Rezende.

Durante a reunião, os representantes da Prefeitura que estavam presentes alegaram que o Sassom é deficitário e que a proposta de repassar a carteira de servidores junto com uma parte da arrecadação para uma empresa privada seria, na opinião do governo, a saída para o Sassom voltar a oferecer todas as especialidades médicas exigidas pela ANS.

Já para a representante do Sindicato dos Servidores e que também conselheira classista do Sassom, Cláudia Torres, o Sassom não é deficitário e a Prefeitura é a maior devedora da autarquia. Para Cláudia, "é preciso atualizar a lei do Sassom mas jamais extingui-lo".

Para os vereadores Judeti Zilli (PT), Bertinho Scandiuzi (PSDB) e Jean Coraucci (PSB), é estranho que a Prefeitura tenha votado de maneira relativamente rápida uma proposta de terceirização total do atendimento sem um amplo diálogo e que agora, após pressão da sociedade e da Câmara, estejam aparecendo novas propostas, como a do equacionamento do financiamento da autarquia através da revisão das cobranças de servidores e Prefeitura.

Para Alex Ramos, conselheiro classista do Sassom, "se a autarquia continuar a ser financiada somente pela cobrança de 5% dos servidores ativos e inativos e ainda ter de repassar metade para a empresa privada de planos de saúde, o Sassom acabará em menos de 2 anos". Alex ainda destacou que a ANS autoriza aumentos anuais de cobrança dos planos de saúde e isso tende também a impactar os servidores.

Para jean Coraucci, a Prefeitura quer transformar o Sassom na nova Cohab. "A Cohab hoje não constrói mais casas, apenas fornece sua lista de mutuários para as construtoras privadas. Quer fazer o mesmo no Sassom. A autarquia não mais vai servir aos servidores, apenas entregar a lista de servidores para os planos de saúde".

Judeti Zilli e Bertinho destacaram antes do final da reunião que a Superintendente do Sassom fora convidada a dar explicações na Câmara e isso era esperado para as próximas semanas.


Ricardo Jimenez - editor de O Calçadão


1ª audiência CEE: https://www.youtube.com/watch?v=JJb1NVnRl_U


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