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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

5 anos do crime da Vale em Brumadinho

 

Família de vítimas da Vale protestam em Brumadinho/ Foto/Arquivo: Filipe Augusto Peres - Blog O Calçadão 


Por MAM

 Hoje completam 5 anos desde aquele 25 de janeiro, quando o rompimento da barragem da Mineradora Vale na mina Córrego do Feijão em Brumadinho arrasou com o Rio Paraopeba derramando 12 milhões/m³ de rejeitos de minério de ferro ao longo dos seus 400 km de extensão, causando impacto em comunidades, no meio ambiente, e sendo classificado como um dos maiores acidentes de trabalho do mundo. Tanto em termos de impacto socioambiental quanto pelas 272 vidas perdidas, o crime deixou uma marca devastadora.

Na última segunda-feira (22), em seminário na Câmara Municipal de Brumadinho realizado pela memória da tragédia-crime, o delegado da Polícia Federal (PF), Cristiano Campidelli que conduz as investigações do processo criminal apresentou provas de que a Vale mentiu para os trabalhadores em simulações que foram realizadas antes do rompimento da barragem ocorrida na Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019.

De acordo com Campidelli, documentos apreendidos e compartilhados nas duas investigações mostraram que a barragem que se rompeu estava numa lista da Vale classificada como "zona de atenção". Além disso, sua situação foi discutida em um painel internacional com a presença da alta cúpula da mineradora. (Fonte: Agência Brasil)

Ao longo dos anos, a dependência econômica do Brasil em relação à exportação de minérios vem se aprofundando. Apenas ano após o rompimento da barragem de Brumadinho, a Vale conseguiu recuperar a confiança dos investidores e refez boa parte do impacto que teve no mercado financeiro.

Do outro lado da balança da justiça, que nunca pesa o que deveria, os atingidos ainda lutam pelo direito mínimo às indenizações. Segundo um estudo feito pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab), uma das organizações designadas para prestar assessoria técnica à população atingida, 75% das decisões em segunda instância analisadas na amostragem foram desfavoráveis às vítimas com redução de até 80% do valor da ação.

#OLucroNãoValeAVida

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