A República Oriental do Uruguai aprovou após 18 meses de deliberações um marco regulatório sobre a mídia de seu país. Isso é um passo muito importante para que a informação não seja manipulada a bem de uma classe, para que os meio de comunicações estejam ao serviço da democracia.
Mas não é isso que eu pretendo destacar aqui.
Essa legislação uruguaia cria um horário de proteção midiática para crianças, adolescentes e jovens.
Todos sabemos como a mídia influencia nossas crianças e nossos jovens. Sendo assim, o legislador uruguaio estabelece um horário de proteção à crianças e adolescentes.
O mais importante é o espírito desse artigo, que primeiramente percebe e reconhece como a mídia gera consciência da realidade e como essa consciência pode ser manipulada pelas empresas de publicidade e propaganda. O que está em jogo nesse artigo é que a criança deve estar protegida de ser manipulada e explorada por uma indústria de entretenimento que pode moldar o modo como a realidade deve ser entendida por ela.
Por isso, penso que o Brasil, apesar de ter uma das legislações de proteção à criança e ao adolescente mais avançada do mundo, ainda não se deu conta de como a mídia gera situações de compreensão de mundo e cria valores que não são reais, mas que só servem para garantir o lucro das corporações que exploram o mundo imaginário infantil e transformam a inocência das crianças em lucro e pervertem a lógica de responsabilização pelos males da sociedade.
Democratizar a mídia no Brasil é urgente! Por isso, devemos ficar de olho nos oligopólios da comunicação que deturpam a verdade e tentam criar uma realidade que não serve à democracia. Proteger as crianças e adolescentes é proteger a democracia.
Começamos a discutir esse temática, vamos abordando mais assuntos importantes sobre a regulamentação da mídia e a proteção da infância e adolescência nos próximos posts. Aguardem!!!
Fabio Pereira Soma. Mestre em Filosofia e Pedagogo
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