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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A Solução está na Política!



Começo de antemão pedindo desculpas por mais um artigo explicativo, mas penso que nesse início de blog isso seja realmente necessário. Por aqui, vamos escrever sobre política porque acreditamos que é se interessando e entendendo um pouco mais sobre política que vamos pouco a pouco nos preparando para não sermos mais enganados tão facilmente.
O que vemos no nosso dia a dia é um sistema de mídia monopolizado, que nasceu, cresceu e se sustenta se utilizando de práticas políticas nada honradas ( haja vista a maior de todas, a Globo, recebendo 5 bilhões em verbas publicitárias aqui e sonegando 1 bilhão em impostos aqui), investindo todo o seu esforço para nos convencer que política é algo feito por gente suja, de forma suja e com objetivos sujos. Lógico que, nessa empreitada, a mídia, convenientemente, toma as medidas necessárias para criar os vilões enquanto trata de esconder as mazelas do grupo que a apóia. Isso fica claro na relação atual da mídia entre PT e PSDB. Mas isso existiu em qualquer época e continuará existindo com outros personagens. A lógica é a seguinte: jogando a prática política na lata do lixo e criando os vilões do momento e acabando com sua credibilidade (perceba que o mote falso moralista -abaixo a corrupção- é recorrente) em quem as pessoas vão acreditar? Na mídia, lógico, e, por tabela, nos seu grupo político protegido. Dessa forma, a mídia e seu grupo político protegido (sim, a mídia faz muita política, e gosta!) podem pautar e decidir os caminhos do país como bem quiserem. Como sempre fazem, aliás. Bem, exceto em alguns momentos da história, quando tiveram que investir na derrubada de governos cujas políticas nacionalistas e populares não condiziam com seus objetivos. Foi assim com Vargas aqui, com Jango aqui e agora com Lula e Dilma.
Podemos notar com tudo isso que, como o sistema de mídia é controlado por uma elite apoiada politicamente (e financiada até pelo governo!), quem acaba sobrando de fora nessa história toda é o cidadão comum.
Não vou dizer aqui que é preciso gostar de política, não chegarei a tanto; mas é preciso dar para a política uma atenção cuidadosa para entender como funciona um jogo que, você querendo ou não, acontece e tem tudo a ver com a sua vida. E, acredite, não é com passeata falso moralista, gritos e ódio ou esperando um Salvador da Pátria que as coisas se resolvem. Conhecer minimamente como o seu prefeito executa o orçamento, como votam os vereadores, quem financia as campanhas faz parte desse esforço mínimo necessário.
O alvo do discurso midiático de linchamento da prática política é o cidadão comum, que decide eleições e que, devidamente "desinformado", acaba se mantendo distante o suficiente para ser usado como massa de manobra para objetivos escusos. Com o cidadão comum tomando nojo pela política, a mídia passa imediatamente a ocupar o lugar de pilar moral a ser seguido. Acontece que a mídia anda colada com as estruturas de poder político, se beneficiando delas, ao mesmo tempo em que as transforma perante os olhos de todos em algo nojento e repulsivo.
Você já deve ter se perguntado como aquele deputado ou vereador que você despreza consegue se reeleger sucessivamente, não é? Pois é, isso é possível porque o cidadão comum, ao se retirar da prática política, deixa espaço para as estruturas de poder já montadas. O político crápula que você rejeita mas que, todavia, se elege, faz isso usando o financiamento empresarial (empresário adora política), a estrutura de um sindicato, de uma igreja, de uma ONG e, sim, dinheiro público: verba de gabinete desviada, cargos políticos de apadrinhados no executivo que o cidadão comum nem desconfia e emendas parlamentares caça-votos.
No final de tudo, a mídia e as velhas estruturas de poder vão elaborar seus planos enquanto você fica de fora, orgulhosamente odiando a política!
Cabe a cada um de nós debater política, buscar conhecer as estruturas do poder vigente, se aprofundar no jogo político, sem nojinho ou arrogância, mas na busca de identificar os discursos mentirosos e ardilosos. Temos que tentar estabelecer nossos padrões políticos de maneira minimamente independente e, sim, atuar na cena política para envolver mais pessoas.
Aqui nesse blog nós faremos isso. Defenderemos a inclusão social acima de tudo, as políticas de emprego e distribuição de renda, o imposto progressivo e a taxação do capital rentista, a ampliação e qualidade educacional para amplas massas, o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas, vamos mostrar na medida do possível as entranhas do jogo político, não para disseminar o ódio, mas para trazer o cidadão comum para o debate político. Devemos participar do jogo político para transformá-lo.
Afinal, a solução está na política!

Ricardo Jimenez, professor, químico e fã de Mané Garrincha" - o maior de todos!

3 comentários:

Anônimo disse...

As pessoas dão muita atenção para o nacional e o municipal fica de lado. Ninguém conhece como funciona a política municipal. O blog tem que ver isso. Abraços!

Anônimo disse...

Político corrupto adora política! Temos mesmo que começar a fazer frente com eles. Muito bom! Vivian

Anônimo disse...

Excelente Ricardo... o Calçadão virá para contribuir positivamente para o debate político e deverá, na minha visão, abrir espaço para que, mais jovens,como vocês, possam se interessar por POLÍTICA e participar ativamente DELA... grande abraço e parabéns pela genial iniciativa...! Clóvis Moda

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