Nem indícios e nem escândalos. O Trensalão? Zero CPI. Os desvios da SABESP? Zero CPI. As chacinas na periferia? Zero CPI. E até os desvios da merenda manterão o cálculo de zero CPI?
Estamos caminhando para uma grave situação no país. Forças conservadoras apoiadas em uma mídia amiga promovem o maior retrocesso jamais imaginado nas conquistas sociais e políticas dos últimos 13 anos.
São forças políticas cujo projeto entreguista, elitista e de arrocho permanente foi rejeitado quatro vezes seguidas nas urnas. Mas através de um discurso hipócrita anti-corrupção, aliado à debilidade dos dirigentes e a alta cúpula do governo petista, essas forças buscam reimplantar no Brasil o mais duro neoliberalismo, retomando um projeto interrompido pela eleição de Lula em 2003.
Se o golpe se concretizar, a campanha anti-corrupção termina no mesmo dia. Sem o PT no caminho, corrupção volta a ser apenas um detalhe, assim como é, para essas forças, o voto popular e o próprio futuro do Brasil.
Ficar 20 anos no poder e não fazer uma CPI sequer, nem a da merenda, é um escárnio. Escárnio que só o mais obtuso coxinha e o mais tapado anti-petista pode se conformar.
A APEOESP e outros movimentos sociais buscam pressionar pela CPI. Em Ribeirão Preto, os Conselheiros da Apeoesp Fábio Sardinha e Roberto Tofoli estiveram essa semana na ALESP cobrando os deputados locais para assinarem o pedido de CPI.
O escândalo da merenda está sendo investigado pela operação Alba Branca da Polícia Civil de SP e tem como citados na investigação além do Presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez (PSDB) os deputados federais locais Duarte Nogueira (PSDB) e Baleia Rossi (PMDB).
Ricardo Jimenez
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