SAÚDE
DO TRABALHADOR
Em
Salto – SP, mais um flagrante de assédio moral no trabalho
O
assédio moral no trabalho é caraterizado, sobretudo, pela frequência de
agressões morais aplicadas em um trabalhador por superiores hierárquicos
(vertical) ou pelos seus próprios pares (horizontal). Segundo os especialistas
no assunto, essa situação vem crescendo vertiginosamente em todo o Brasil e, em
muitos casos, com a cumplicidade e o prejuízo do empregador.
Dessa
vez foi na cidade de Salto, interior de São Paulo. O servidor municipal Marcelo
Botosso, 43, Historiador da cidade, que ingressou via concurso público, é
vítima frequente dessa prática no ambiente de trabalho cujo objetivo é
desestabilizar emocionalmente a vítima com o intuito que ela peça exoneração
(setor público) ou demissão (setor privado).
O
Historiador que trabalha no museu da cidade é isolado e excluído de todos os
eventos e atividades da própria instituição a qual pertence. Seu coordenador
que ocupa cargo comissionado, Rafael José Barbi, 25, delega funções menores e muitas
vezes incompatíveis com a função e o cargo. Ele ainda promove a
incomunicabilidade do servidor o colocando numa sala nos fundos do museu sem a
possibilidade de qualquer contato com o mundo externo, incluindo os seus
colegas de trabalho.
Não
bastando, o coordenador com o apoio da administração municipal (ex-PT), promove
perseguições das mais diversas possíveis, desde recomendações para que se
exonere do cargo até a abertura de processo administrativo, prática corrente
naquela administração com já registrou o Sindicado dos Servidores de Salto. Pelas condições que ele se encontra, o
profissional Marcelo Botosso, que é reconhecido pela qualidade de seus
trabalhos, já dá sinais de esgotamento físico e mental através de sucessivas
licenças médicas.
O
exemplo mais recente dessas agressões foi flagrado no 1º dia desse mês com a
ausência provocada do Historiador em evento acadêmico. Realizado por centro acadêmico de uma
faculdade em Sorocaba, o evento teve como tema o período autoritário brasileiro
(1964). No lugar do Historiador que trabalha no museu e é Mestre no tema do
evento, com mais de 20 anos de estudos e várias publicações, quem representou o
Museu foi Rafael José que, além de não ter familiaridade alguma com o tema em
questão, sonegou o evento, bem como a participação do Museu, ao próprio
Historiador da instituição.
Fato esse que também é verificável pelo anuncio sobre o
evento e a participação do “Museu de Salto” que foi publicado em 1º de abril às
22h:50m, no facebook do museu ou seja, apenas algumas horas antes da realização
do evento, inviabilizado qualquer participação do Historiador Marcelo, mesmo
que se fosse apenas como um simples ouvinte. Vale alertar que o Historiador
Marcelo é o único servidor do museu que não tem computador e nem acesso à
internet, além de ter sido excluído sem justificativa da função de manutenção
da página, trabalho que fazia fora do horário de expediente e elogiado pelos
visitantes.
A subjetividade da ação e a dificuldade de provas concretas
nos casos de assédio moral no trabalho, ainda são os principais fatores aliados
do agressores que em muitos casos permanecem impune.
Mesmo abalado emocionalmente e em tratamento de saúde, o
Historiador está se mobilizando com seus advogados a fim de que culpados sejam
punidos e ele devidamente reparado pelas injustiças que estão lhe causando.
Saiba mais sobre
assédio moral no endereço eletrônico: http://www.assediomoral.org/spip.php?article1 Assista também essa série pequena, mas esclarecedora de 3 vídeos
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