Nos últimos 13 anos, apesar de todos os defeitos e erros, avanços sociais e trabalhistas importantes foram conseguidos, graças a um governo com sensibilidade social e a pressão do movimento popular e sindical.
Donas de casa conseguiram o direito à aposentadoria, empregadas domésticas conquistaram direitos trabalhistas, pobres e negros puderam acessar a universidade pública, o Brasil saiu do mapa da fome e a desigualdade social caiu por anos seguidos.
A descoberta do pré sal serviu para reativar a cadeia produtiva e industrial do petróleo e para consolidar a saúde e a educação como prioridades para os próximos 25 anos, através do Fundo Social do Pré Sal, no regime de partilha e com participação direta da Petrobrás.
É exatamente este eixo de desenvolvimento econômico e social que está na mira do golpismo. A FIESP, a Globo e os partidos fisiológicos buscam retomar o poder do governo central para desmontar o modelo de Estado apontado nestes anos de Lula e Dilma.
Começa com o rolo compressor de Eduardo Cunha que, além dos direitos individuais e coletivos, ataca diretamente o coração da CLT com as propostas de terceirização irrestrita e do negociado sobre o legislado.
E agora, após a chapa Temer-Cunha mostrar força na Câmara, com uma bancada de 367 deputados, os financiadores do golpe dão a cartada final: querem o fim dos gastos obrigatórios em saúde (de 12% a 15% dos orçamentos) e educação (de 18% a 25% dos orçamentos). As chamadas 'verbas carimbadas' em saúde e educação é o que ainda hoje garante um mínimo de investimento nestas áreas tão prioritárias de um país.
Ao desvincular os gastos em saúde e educação, os financiadores da chapa Temer-Cunha, basicamente o empresariado paulista e forças ainda difusas do estrangeiro, apontam para o desmonte do modelo de financiamento do Estado brasileiro e uma abertura ainda mais ampla para o poder do capital especulativo.
Foi a FIESP que implodiu com a política de juros baixos de Dilma em 2012 e que financia os movimentos de desestabilização do governo desde 2013. O empresariado paulista já há algum tempo ganha muito mais na especulação financeira do que na produção real. Vide o caso da SABESP tucana: mesmo diante de uma crise hídrica, o tucanato paulista enviou 6 bilhões de reais da empresa para a bolsa de NY, onde lucram os patrões do empresariado paulista.
Esse é o modelo que se quer implantar. Engessar os orçamentos e os investimentos sociais para sobrar recursos para financiar a ciranda financeira, onde somente os mais ricos ganham. Assim, o PSDB aceita ser subalterno a um governo Temer-Cunha, por imposição dos financiadores.
Mais do que nunca é o futuro do Brasil que está em risco diante de um golpe clepto-plutocrata travestido de combate à corrupção. Mais do que nunca é fundamental manter a unidade e o crescimento das forças do movimento em defesa da democracia e anti-golpe.
A agenda neoliberal que querem implantar com o governo ilegítimo de Temer e Cunha foi derrotada nas urnas quatro vezes seguidas. É hora de derrotarmos eles novamente!
Ricardo Jimenez
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