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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CONTRA O PACOTAÇO E O CALOTE SALARIAL – GREVE GERAL! Por Caio Cristiano



Em 2016, a receita da cidade foi de R$ 2,86 bilhões. O trabalho de cada um dos 8,5 mil servidores produziu uma riqueza de R$ 336 mil reais. Após um longo ano de trabalho em condições precárias, dando o máximo de si para bem servir a população, os servidores recebem um calote no salário de dezembro. E só conseguiram receber o 13º, porque se mobilizaram com garra e disposição de luta.


O Prefeito Nogueira promete pagar o salário de dezembro até 11 de janeiro – o que pode agravar a situação dos servidores, pois, se não há caixa para pagar um salário, haverá condições de pagar em janeiro dois salários: o atrasado de dezembro e o de janeiro que vence dia 31?

Servidores não podem trabalhar sem salário e com direitos descumpridos. É possível reverter essa situação, para tanto, a categoria precisa lutar unida, enfrentando as costumeiras manobras da diretoria pelega do sindicato, sem dar tréguas para o governo  - que já declarou guerra aos servidores e aos serviços públicos com as 30 medidas neoliberais. É necessário intensificar as manifestações e paralisar os serviços pelo salário e contra o pacotaço.

O pacotaço do Nogueira, PSDB, ataca servidores e os serviços públicos.

Nogueira sustenta um discurso apolítico, com isso nomeou secretários com renome acadêmico. O objetivo do governo é dar aparência técnica às suas ações, como se elas fossem inevitáveis e estivessem acima de qualquer interesse político. Nada mais falso. O PSDB, Nogueira e seu secretariado têm um lado, o dos patrões – empresários, banqueiros e agronegócio. E têm um programa político, o neoliberalismo. Enquanto deputado, Nogueira votou a favor da PEC 55, para congelar os salários servidores e os investimentos em serviços públicos por 20 anos.

Para responder a crise e a necessidade de o setor privado retomar suas taxas de lucro, Nogueira e sua equipe de gênios fazem apenas requentar uma velha receita: atacar os trabalhadores e os serviços públicos – cujo resultado será o agravamento da crise economica e social. Mal assumiu o executivo, o governo noticiou uma série de medidas e decretos que em sua maioria atacam os servidores municipais, os serviços públicos e a população mais pobre.

Neste mês, o salário do prefeito, do secretariado e dos vereadores foram reajustados em 30%. Mesmo assim, Nogueiralançou um pacotaço que inclui: reajuste zero aos servidores, redução salarial, revisão e corte de gratificações, sobretaxação de aposentadorias, suspensão do PCCs, proibição de contratação de concursados, suspensão do pagamento dos 28%, suspensão do pagamento em dinheiro da terça parte das férias e da licença-prêmio, redução de 50% nas verbas de custeio, aumento de 14% no desconto do IPM, entre outros. O pacotaço do Nogueira não exclui a possibilidade de privatizações, pelo contrário, prepara o terreno para elas.

Sabemos que os pelegos do sindicato podem se aliar ao governo para desmobilizar os servidores. Contra isso, podemos seguir o exemplo dos servidores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais que construíram greves com autonomia da burocracia sindical.

Derrotar o pacotaço e arrancar o salário com recebimento em dia é possível. Precisamos construir uma forte GREVE GERAL dos servidores, com unidade e independência. 


Caio Cristiano, servidor municipal.

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