Cidade apresenta letalidade e taxa de mortalidade por 100 mil habitantes acima da média nacional
Dados
tabulados pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa, UFV,
e divulgado pelo site g1 mostram que a cidade de Ribeirão Preto é a 21ª
cidade do país em número de mortes por Covid-19 (com 2.948 óbitos),
logo após Uberlândia (com 3.104 óbitos). Em primeiro lugar está a cidade de São
Paulo (38.423 óbitos), seguida pelo Rio de Janeiro (34.260 óbitos) e Brasília
(10.537 mortes).
Entre
as 20 cidades com maior número de óbitos por COVID-19 do país 14 são capitais
(lista abaixo) e outras 6 são grandes centros urbanos. Ribeirão Preto fica à
frente de diversas capitais do país algumas com população superior: Joao
Pessoa, Pb (2.915 mortes), Maceió, Al (2.718 mortes), Natal, RN (2.694 mortes),
São Luis, MA (2.571 mortes), Teresina, PI (2.551 mortes), Porto Velho, RO (2.510
mortes), e Aracaju, SE (2.417 mortes).
De acordo
com os dados divulgados*, a taxa de letalidade da doença na
cidade é de 3,52% acima da média nacional de 2,41%. A cidade também
apresenta 409,38 mortes por 100 mil habitantes, bem acima da média
nacional de aproximadamente 280 mortes por 100 mil habitantes.
Esses
números mostram como doença ficou descontrolada no município. Se Ribeirão
tivesse uma taxa de mortalidade por 100 mil habitantes equivalente a taxa
nacional, seriam 2.016 mortes (até o momento), ou seja, mais de 932 vidas
poderiam ter sido poupadas.
A
falta de planejamento e firmeza nas ações, a resistência em se implementar o
lockdown e outras medidas mais rígidas, quando foi necessário, no controle da
pandemia, a abertura precipitada da economia e as excessivas concessões para alguns
setores podem ter sido fatores cruciais que resultaram em centenas de vidas que
poderiam ser poupadas.
A Secretaria Municipal de Saúde durante quase todo o período da pandemia ficou com Sandro Scarpelini, secretário de confiança do prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Sandro, que estava no cargo desde 2017, no primeiro mandato de Nogueira, deixou a pasta agora em setembro e em seu lugar assumiu José Carlos Moura, economista e ex-secretário da Saúde de Serrana (SP).
por Ailson Cunha para o Blog O Calçadão
*A pesquisa foi feita com
base em números das secretarias estaduais da Saúde coletados pelo Brasil. O
projeto 'Modelagem matemática da disseminação geográfica da Covid-19'
faz parte do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes). A base também é usada pela universidade
Johns Hopkins, referência mundial no acompanhamento dos dados da pandemia. Outras
informações podem ser buscadas:
https://especiais.g1.globo.com/bemestar/coronavirus/2021/mapa-cidades-brasil-mortes-covid/sp/ribeirao-preto
Veja os números:
1. São Paulo, SP - 38.423
2. Rio de Janeiro, RJ - 34.260
3. Brasília, DF - 10.537
4. Fortaleza, CE - 9.731
5. Manaus, AM - 9.467
6. Salvador, BA - 8.014
7. Curitiba, PR - 7.457
8. Belo Horizonte, MG - 6.746
9. Goiânia, GO - 6.654
10. Porto Alegre, RS - 5.630
11. Recife, PE - 5.464
12. Belém, PA - 5.137
13. Guarulhos, SP - 4.882
14. Campinas, SP - 4.509
15. Campo Grande, MS - 4.070
16. Cuiabá, MT - 3.509
17. São Bernardo do Campo,
SP - 3.287
18. São Gonçalo, RJ - 3.180
19. Santo André, SP - 3.112
20. Uberlândia, MG - 3.104
21. Ribeirão Preto, SP - 2.948
22. João Pessoa, PB - 2.915
23. Sorocaba, SP - 2.824
24. São José do Rio Preto,
SP - 2.795
25. Maceió, AL - 2.718
26. Natal, RN - 2.694
27. Osasco, SP - 2.620
28. São Luís, MA - 2.571
29. Teresina, PI - 2.551
30. Porto Velho, RO - 2.510
31. Aracaju, SE - 2.417
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