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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Os fascistas não se escondem mais na Itália. E no Brasil?

 

Força Nova, criada em 1997, é o atual partido fascista italiano


Façam as associações que acharem devidas.

Domingo último. 10 mil neofascistas protestam contra a obrigatoriedade da vacina em Roma, capital da Itália. De repente, inspirados pela ação dos trumpistas contra o Capitólio em janeiro, um grupo parte na tentativa de invadir o Palácio do Povo, sede do governo. Não conseguem. Então, invadem a sede do Sindicato Geral dos Trabalhadores, principal da Itália, e tocam o terror. A Itália amanhece nesta segunda perplexa: os fascistas já não se escondem mais.

A sombra do fascismo não assombra apenas os italianos. É forte na França. Tem organização na Inglaterra, na Espanha, na Áustria, na Argentina, nos EUA, no Brasil.

Do que se alimenta o fascismo? 

Do fracasso do capitalismo neoliberal, do fracasso do sistema democrático liberal, engolido pelo financismo e a concentração de renda abjeta. A destruição dos direitos sociais, dos direitos trabalhistas e das condições de vida na periferia do sistema.

O capitalismo neoliberal faliu e das suas feridas renasce o fascismo, o nacionalismo xenófobo, racista e excludente. Movimento que hoje tem força dentro da democracia imperialista estadunidense. Os trumpistas estão armados e armando o retorno já contando com o fracasso dos democratas, os gerentes fracassados do modelo fracassado.

Atuam contestando o sistema que sabem fracassado para chegar ao poder com seu programa de extermínio, principalmente de trabalhadores. São anti-vacina pois buscam todos os espaços para fustigar o sistema fracassado.

E no Brasil, acontece algo diferente?

Algo nos é familiar?

A Itália age rapidamente para banir os neofascistas da vida política. Mas não basta. Ou se muda o sistema neoliberal fracassado ou o fascismo não vai retroceder, nem na Itália nem em lugar nenhum.

Ricardo Jimenez - editor do Blog O Calçadão

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