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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Mudanças nos Hábitos de Consumo de Informação na Era Digital

 



Relatório revela mudanças nos hábitos de consumo de informação dos brasileiros na era digital, com mídias digitais e aplicativos de mensagens desempenhando um papel cada vez mais central

Publicado nesta sexta-feira (27), o relatório intitulado "Desigualdades Informativas: Compreendendo os Caminhos Informativos dos Brasileiros na Internet," de autoria dos pesquisadores Nina Santos, Maria Paula Almada, Rodrigo Carreiro e Ellen Guerra do Aláfia Lab (2023), traz dados sobre os hábitos de consumo de informação no Brasil. A pesquisa analisa o consumo de informações em uma era digital, abordando as preferências de diferentes grupos demográficos, os meios de comunicação mais utilizados e os tipos de conteúdo mais consumidos.

O relatório apontou a tendência de afastamento dos meios tradicionais de comunicação, como periódicos impressos, revistas e rádio, em favor das mídias digitais. Independentemente de faixas etárias, raças, gêneros e níveis de renda, de acordo com o estudo, os brasileiros estão cada vez mais recorrendo a portais de notícias, redes sociais e mecanismos de busca para se informarem. As redes sociais, em particular, destacam-se como o principal canal de informação para 94% da amostra, com dois terços usando-as diariamente.

O papel da televisão

A televisão continua a ser uma fonte relevante para 80% do público, jornais impressos (25%) e revistas impressas (27%) são os meios menos utilizados. No entanto, marcas tradicionais como O Globo, Folha e Revista Veja mantêm forte presença e consumo digital.

No que diz respeito à política, a preferência recai principalmente sobre fontes digitais, como sites de notícias, redes sociais e aplicativos de mensagens, com apenas 6% dos entrevistados rejeitando essas fontes para informações gerais.

As redes sociais desempenham um papel crucial, com o Facebook liderando como a plataforma mais amplamente usada (42%), seguido pelo Instagram (27%) e YouTube (14%). O Twitter/X e o TikTok têm índices menores de uso, com 7% e 3%, respectivamente.

A força do Grupo Globo e o caso Jovem Pan

Olhando especificamente para o conteúdo consumido nas mídias digitais, marcas tradicionais de comunicação, como G1, Globo, Band e CNN, predominam como fontes de informação. O Grupo Globo é o mais proeminente entre as fontes de consumo, com destaque para o G1 em várias plataformas.

Investigada pelo Ministério Público Federal por disseminar notícias falsas, o estudo destaca que a Jovem Pan, uma tradicional emissora de rádio brasileira, ganhou projeção significativa no ambiente digital, mesmo após as denúncias. ,

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WhatsApp


WhatsApp é um dos aplicativos mais utilizados

O WhatsApp é apontado como o aplicativo mais utilizado para consumo de informação, com 88,1% da amostra considerando-o uma fonte de informação. Em seguida, vêm o Facebook Messenger (34%) e o Telegram (19,6%). No entanto, a dinâmica de consumo varia, com o WhatsApp sendo mais usado em conversas individuais (41,7%) e grupos (60%).

O estudo também explorou desigualdades informativas com base em gênero, raça, renda e idade. Entre os achados, destacam-se diferenças nos hábitos de consumo de conteúdo, com mulheres consumindo mais informações no Instagram e homens preferindo conteúdo de cunho político mais à direita. Esses padrões refletem as diferentes perspectivas de gênero em relação às fontes de informação.

Leia o relatório na íntegra clicando aqui.

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