Na última segunda-feira (14) foi dada a entrada na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, ao PL 94/2025, "Dia da Liberdade de Expressão". O projeto visa criar uma narrativa de que os atos ocorridos no dia 8 de janeiro não foram uma tentativa de golpe de estado e abolição do estado democrático de direito, mas uma manifestação democrática, alicerçada no direito de manifestação. O PL foi proposto pelo vereador Junin Dedê (PL), mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No texto, o PL afirma que
"A escolha da data remete aos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023, que marcaram o país por episódios de grande repercussão, nos quais diversos cidadãos, ao exercerem seu direito de manifestação..."
Para que essa narrativa surta efeito, o PL aprovado exige que o "Dia da Liberdade de Expressão" seja celebrado anualmente no dia 8 de janeiro, integrando o calendário oficial do município de Ribeirão Preto. Para criar consenso e reescrever os fatos, o projeto propõe que sejam realizadas
"ações de conscientização, debates públicos, atividades educacionais, culturais e institucionais"
E abre todos os espaços públicos para que tal data seja celebrada
"As comemorações poderão ser promovidas em parceria com escolas, universidades, órgãos públicos, entidades civis organizadas, movimentos sociais e meios de comunicação, garantindo ampla participação da sociedade civil".
A tentativa de Golpe e abolição do Estado Democrático de Direito segundo a PF
Trecho do relatório da Polícia Federal detalhou o plano denominado "Punhal Verde e Amarelo" (o qual culminou nos atentados do 8 de janeiro) afirma que a chapa perdedora tinha como objetivo, entre outros o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
"O documento denominado 'Punhal Verde e Amarelo' propunha a eliminação física do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Entre os métodos sugeridos, estavam envenenamento, atentados com explosivos e ataque direto com armamento pesado, em ação coordenada por militares das forças especiais. O documento apresentava detalhamento tático e objetivo político claro de impedir a posse da chapa eleita.", afirma o documento
Saiba mais e leia as petições sobre a tentativa de golpe de estado abaixo
Decisão que autorizou a operação contra golpe
Íntegra do Ofício da Polícia Federal
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