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Extrair árvores está muito fácil Fotos: @filipeaugustoperes |
Ato no calçadão reuniu ativistas e população civil para cobrar plano diretor de arborização urbana e exigir fim das extrações enquanto nova legislação não é discutida
O calçadão de Ribeirão Preto foi palco, neste sábado (28), do lançamento da campanha “Pare com as extrações”, promovida pelo movimento Tá com Calor?, Plante Árvores/Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil. A atividade reuniu moradores e ativistas para cobrar da Prefeitura o congelamento imediato das extrações de árvores, criação de um GT de trabalho com técnicos da prefeitura e sociedade civil para alterar a lei referente a extrações e podas drásticas de árvores.
“O que estamos pedindo é um congelamento das autorizações de extrações de árvores. Isso precisa ser feito imediatamente para que se crie um grupo de trabalho entre técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e a sociedade civil. Esse grupo deve elaborar uma nova legislação para regulamentar as podas, as compensações e o tempo de cuidado que o infrator deve ter com as novas árvores”, afirmou Reinaldo Romero, ativista e integrante da Associação Pau Brasil e do movimento Tá com Calor, Plante Árvores.
Segundo ele, a atual política de compensação ambiental é falha, pois torna fácil, barato e rápido derrubar árvores sem garantir retorno efetivo à sociedade. “A compensação atual não compensa para a arborização e para o clima da cidade”, reforçou.
A petição propõe alterações nos artigos 174 e 175 do Código Municipal de Meio Ambiente (Lei Complementar nº 1616/2004), justamente os que regulam a arborização urbana. Os signatários apontam que os dispositivos atuais não exigem o plantio imediato de árvores em áreas definidas, nem impõem cuidados adequados ou multas significativas a quem causa danos.
Além da suspensão das podas, os organizadores também coletaram assinaturas para a elaboração e implantação urgente do Plano Diretor de Arborização Urbana, medida essencial para corrigir o déficit de áreas verdes na cidade. Segundo inventário de 2021, Ribeirão Preto possui apenas 12,71% de cobertura vegetal em área urbana — número considerado baixo para o tamanho da população e as altas temperaturas locais.
A mobilização tem como pano de fundo a intensificação das mudanças climáticas e a deterioração da qualidade de vida urbana. Os moradores cobram do poder público ações estruturantes que estejam à altura da crise ambiental.
“O enfrentamento às mudanças climáticas se faz urgente e necessário com ações efetivas do poder público e da sociedade civil no sentido de garantir a qualidade de vida no campo e na cidade para a atual e futuras gerações”, destaca o texto da petição.
Veja a fala na íntegra
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